Deadpool e Wolverine – Crítica | Nos levando aos tempos bons e ruins

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Foto: Divulgação Disney Studios

Após 7 anos sem interpretar o Wolverine nas telas, Hugh Jackman retorna ao papel do carcaju para cruzar com Deadpool interpretado por Ryan Reynolds, que promete botar os dois pés na porta da Disney pedindo passagem com uma produção que superou quase todos os lançamentos da Marvel após Ultimato. Juntos, eles formam uma equipe que precisa enfrentar um inimigo em comum. Com sentimento de saudade e nostalgia que os fãs não sabiam que tinham, Ryan Reynolds e Hugh Jackman entregam suas melhores performances.

Texto escrito por Luiz Eduardo

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Foto: Divulgação Disney Studios

Sobre Deadpool e Wolverine…

Quando anunciado por volta de 2 anos atrás, Deadpool e Wolverine chamou a atenção do público se tornando já um dos filmes mais esperados de seu ano de lançamento. Ryan Reynolds que interpreta o mercenário tagarela há 8 anos (para delírio de seus fãs que o apoiaram para conseguir um filme solo do anti-heroi) conseguiu convencer Hugh Jackman a também voltar interpretar Wolverine.

Não se sabia o que esperar da trama, pois a cada dia que se  aproximava da data de lançamento se ouvia um boato diferente sobre sua história, Shawn Levy (Gigantes de Aço, Free Guy e Uma Noite no Museu) traz de volta ao público a dosagem do remédio que durante 10 anos foi lhes dado com a chegada do MCU aos cinemas. Ainda que com erros parecidos com No way Home, o filme não peca em nos entregar efeitos especiais bem trabalhados em comparação com os últimos Deadpools e participações que sonhamos sem conhecimento.

Qual a trama do filme?

A trama aborda o passado e futuro dentro e fora das telas, tornando as piadas ácidas, apimentadas e bem temperadas como tanto gostamos e faz o que a Marvel não havia conseguido até então realizar com o Multiverso que é criar o service tão sonhado. Como um bom e velho filme de heroi ‘’galhofa’’, tudo é muito simples de se acontecer e resolver, mas a diversão entre esse processo é a grande magia.

O longa traz vilões mutantes já conhecidos pela maioria que acompanha a Marvel desde quando o universo dela ainda era a Fox, assim como outras aparições que rolam durante o longa. Sua vilã Cassandra Nova – interpretada por Emma Corrin (My Policeman, The Crown e Mulheres ao Poder) – relembra muito a loucura e saudosismo que a mesma possui nas HQs além de seu grande visual simples e fiel.

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Foto: Divulgação Disney Studios

Sem spoilers

Apesar de ser irmã do Professor Xavier a personagem não possui compaixão ou amor pela vida, muito pelo contrário, Cassandra em acordo com a TVA, quer antecipar o fim da linha do tempo onde vive Deadpool. Ao descobri isso, Wade embarca em busca de ajuda para salvar seu mundo e durante esta viagem passa por diversos universos não identificados interagindo com diversas versões incríveis e referenciadas do Wolverine desde capas icônicas de HQs antigas, como também um Wolverine até então não esperado pelos fãs e ao mesmo tempo tão desejado pelos mesmos.

Hugh Jackman traz às telas um Wolverine nunca visto antes nos cinemas, aquele das animações e HQs que tanto lemos: casca grossa, rabugento, assassino impiedoso, traumatizado e desbocado. Sua química com Deadpool vai além do esperado, sendo divertido, sexualmente tenso (claro) e com muita violência gratuita.

Deadpool e Wolverine nos deixa com a sensação de que tudo isso era necessário, uma sensação que se acabasse tudo agora para esses personagens estaria tudo bem, pois eles foram mais longe do que imaginamos e se um dia vierem a aparecer de novo, quem ganha somos nós de poder repetir a dose.

Deadpool e Wolverine se prova como uma simples e linda homenagem ao universo criado e morto pela própria Fox, causando no público um estranho sentimento de gratidão, nostalgia e saudade que não sabiam que existia, daquilo que era considerado tão ruim mas que também foi o que deu início ao universo de super herois da Marvel com tanto sucesso que conhecemos hoje.

Sua primeira cena pós-crédito diz isso com ainda mais clareza quando revelado bastidores de todos os filmes produzidos pela produtora e a dedicação dos atores em cada um deles, ainda que não tenha sido o que esperamos na época foi o que precisávamos naquele momento se tornando assim poético, pois Deadpool e Wolverine era o que precisávamos nos dias de hoje.

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Foto: Divulgação Disney Studios

Cuidado! Spoilers a partir daqui!

Deadpool e Wolverine nunca prometeu tanto como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura em 2022, e ainda sim entregou mais do que se esperava. Henry Cavill como Wolverine foi talvez a maior surpresa, pois muito se cogitava ele como Magneto, porém quando aparece caracterizado como o carcaju não à toa arranca gritos de euforia do telespectador.

Chris Evans como Tocha Humana do Quarteto Fantástico de 2005 faz com que durante o filme você se abra para as próximas possibilidades e crie uma expectativa do que pode vir a seguir, expectativa essa suprida com sucesso nas aparições de Blade interpretado por Wesley Snipes, Elektra de Jennifer Garner, X- 23 ou Laura para os íntimos, voltando a ser interpretada pela Dafne Keen como revelado no último trailer do longa, e por último mas não menos importante ou talvez sim (piada do filme) Channing Tatum como Gambit.

Sim, após mais de 5 anos tentando interpretar o personagem em um filme solo, o ator realizou seu desejo graças a Reynolds e finalmente dá vida ao Le Diable Blanc. Shawn Levy não dá nós sem ponta e todas as aparições têm alguma importância  na trama do filme, ainda que essa importância seja apenas a singela homenagem ao universo morto da Fox e um fim mais digno aos atores que foram apenas descartados com o tempo e esquecidos pelo público.


Deadpool e Wolverine está em cartaz nos cinemas brasileiros

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