Killing Season

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Um filme independente, que não seria nem notado, se não fosse estrelado por dois astros do calibre de Robert De Niro e John Travolta. Astros que não são mais os mesmos, mas ainda são astros. Pena que o filme seja apenas mais um filme.

De Niro é Benjamin Ford, um veterano da Guerra da Bósnia que faz de tudo pra fugir do seu passado. Tudo desmorona quando um sérvio aparece para se vingar. A partir desse momento, os dois iniciam uma guerra particular nas florestas da Geórgia.

A premissa pode parecer estranha, mas o filme se desenrola de maneira coerente e básica. Esse é um dos problemas do filme. “Killing Season” não tem nada de novo . O filme é razoável e é só isso. O filme pode ter uma premissa diferente, mas tudo o que é visto no filme já foi visto em outros filmes ou em outras mídias. E o pior é que o filme tinha potencial para ser interessante.

O diretor é o pouco amado Mark Steven Johnson, mas para quem não é ligado em cinema, o nome não vai dizer muita coisa. Mark é o diretor dos ótimos Demolidor e Motoqueiro Fantasma e também escreveu Elektra (o PIOR filme de super herói da história) . Ou seja, sua carreira mostra que ele não é um grande diretor ou roteirista.

Nesse filme, ele não prejudica muito o andamento da história. Mas faz algumas escolhas erradas na hora de dirigir as cenas de ação, que já eram restringidas pela idade dos protagonistas (gosto muito do De Niro, mas ele não tem idade para realizar cenas de ação grandiosas). O uso de uma daquelas câmeras POV (não sei o nome técnico desse tipo de filmagem que capta o ponto de vista do personagem) é um desses erros.

O roteiro de Evan Daugherty (Branca de Neve e o Caçador e o vindouro filme das Tartarugas Ninjas) também não tem nada sensacional ou diferente. As reviravoltas são numerosas e extremamente previsíveis. Depois de um tempo as “mudanças na liderança” ficam chatas e repetitivas. Nem os diálogos,que poderiam salvar o filme, são bons. O jogo psicológico prometido no marketing não chega nem perto de prender a atenção do espectador.

As atuações também são razoáveis. É fato que Robert De Niro e John Travolta não apresentam uma grande performance há um bom tempo (o primeiro chegou perto no ótimo “O Lado Bom da Vida”) e não seria esse filme que levaria os dois de volta ao mural das grandes representações. Aqui os dois são atrapalhados por uma série de dificuldades (idade, situações fracas e um sotaque estranho do personagem de John Travolta). Dá pra acreditar nos personagens, mas estes não são nem um pouco interessantes.

Não é um filme ruim, mas não tenta, em nenhum momento, ser melhor ou se superar. Não recomendo por ser só um filme, mas ainda é algo assistível – se você for um fã ou alguém sem nada pra fazer.

OBS 1: O grande destaque do filme é a ótima música “Don´t Take your Guns to Town” de Johnny Cash, que é tocada umas seis vezes no filme. Esse é o hino de “Killing Season” e pelo menos isso pode ser considerado um acerto, já que de certa maneira a canção combina com o filme e com a história contada.

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