The Big Bang Theory, a série que popularizou o nerd

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The Big Bang Theory foi uma das maiores sitcons da história, e tem um importância crucial na figura do nerd moderno.

No ar desde 2007, The Big Bang Theory foi uma das séries mais vistas da atualidade. Cada episódio batia a casa dos 15 à 18 milhões de espectadores, sendo que o último foi visto por 23 milhões – unindo a exibição ao vivo, com os que viram depois por streaming, reprises, etc. Cercada de polêmicas e acusações de machismo, misoginia e uma nerdice tóxica, é inegável afirmar que a série foi um marco para a televisão ao longo das suas 12 temporadas e 279 episódios.

Ser nerd não era tão interessante, pelo menos até as grandes sagas surgirem e pegarem de surpresa até aqueles que não eram tão fãs assim. A Marvel por exemplo, foi uma das responsáveis por tornar o termo nerd – outrora visto como um nicho, algo cool – aumentando seu público, ao mesmo tempo em que ganha mais dinheiro. TBBT fez exatamente isso, o termo nerd bazingueiro (usada geralmente de forma pejorativa) veio do jargão do personagem Sheldon “Bazinga”, que denota que mesmo que alguém não seja um nerd apaixonado, ele quer estar inteirado sobre tudo que acontece.

The Big Bang Theory, a série que popularizou o nerd 2

O aumento do interesse foi uma via de mão dupla, já que apesar das pessoas buscarem mais informação e conhecimento sobre determinada coisa, o número de “especialistas” aumentou, gerando mais confusões do que propriamente debates sadios. Um desses debates seria que a série se perdeu durante esse tempo, algo perfeitamente normal em 12 anos. Junto a isso, existe um sentimento de apego e posse total aos amigos Sheldon,

Leonard, Penny, Howard, Raj, Bernadette e Amy. É difícil aceitar que eles envelheceram, namoraram, casaram e tiveram filhos se você não fez isso durante esse tempo. É muito mais fácil não aceitar que os personagens saíram do status quo, se você também não saiu dele e aí está a dificuldade em perceber que todos eles mudaram, mas permaneceram com suas essências.

A temporada final por mais irregular que seja, valorizou esses personagens e seus dilemas, que caso a série continuasse, ia permanecer com eles. A 12ª temporada deu sinais claros de cansaço – pois apesar das loucuras, nerdices e tramas mirabolantes provenientes de uma comédia – a vida é chata meus amigos, e em uma hora nada acontece. Até o último episódio, as histórias foram se afunilando, algumas corridas, outras nem tanto, mas a mensagem principal do derradeiro episódio é que mudanças são sempre bem vindas.

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É como se Chuck Lorre e o grande legado de roteiristas, diretores e participações especiais que contaram com Carrie Fisher, James Earl Jones, Stephen Hawking, Mark Hamill Bill Gates por exemplo estivessem nos dizendo: é o fim mas tudo bem, as mudanças vão continuar vindo. Sheldon sempre foi o mais resistente a mudança, mas se olharmos bem Howard não se via casado, assim como Leonard não via melhora na relação com a mãe. Raj queria estar casado, mas entendeu que isso não é tudo na vida. Bernadette e Amy são destaques em suas áreas profissionais, assim como Penny queria ser atriz, mas é uma empresária de sucesso e será mãe, algo que não desejava mas aconteceu.

As mudanças vem e com elas um combo de amadurecimento, respeito a jornada de todos e muita emoção. O fim de The Big Bang Theory reafirmou a verdadeira importância da amizade, ultrapassando todos os bens e interesses pessoais dos personagens. Nas inúmeras conferências, eventos e comic-cons da vida, o que fica são as pessoas que conhecemos, algumas que deixamos no caminho e aquelas que permanecem.

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