Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo – Crítica | O primeiro filme de terror de 2023

turma da mônica jovem
Foto: Laura Campanella Divulgação

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo chega aos cinemas de todo o Brasil confirmando a frase: “De onde menos se espera, dali mesmo é que não vem”


Para ser justo, o desafio que o elenco da nova versão da Turma da Mônica tinha que enfrentar era gigante. Isso porque, teriam que substituir o primeiro e carismático elenco da versão live action, apresentado em 2019, que fez sucesso não apenas nos filmes, mas na série do Globoplay. Além disso, tinham que driblar a própria desconfiança do público, com o lançamento de prévias de gosto duvidoso para promover o filme.

Infelizmente, os jovens atores até conseguem passar por cima de algumas críticas feitas de antemão, mas não passam muito disso, já que Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo encontra justamente na química do grupo, o seu principal ponto fraco.

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Foto: Laura Campanella
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Qual a trama de Tuma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo?

A trama do longa acompanha o primeiro dia de aula do Ensino Médio da turma do bairro do Limoeiro, quando Mônica (Sophia Valverde, de “Poliana Moça”), Cebola (Xande Valois, de “Um Tio Quase Perfeito”), Magali (Bianca Paiva, de “Chiquititas”), Cascão (Théo Salomão, de “Escola de Gênios”) e Milena (Carol Roberto, ex-The Voice Kids) descobrem que o Museu do Limoeiro será leiloado e decidem tomar uma atitude para impedir que isso aconteça.

Enquanto investigam o que está acontecendo, eles se deparam com segredos antigos e assustadores do bairro e logo percebem que podem estar lidando com uma ameaça muito maior.

O que achamos do filme?

A vantagem é que diferentemente do elenco, a história funciona muito bem, trazendo vários elementos de filmes e séries de terror. Você verá referências a produções de fantasmas, slashers, mistério, possessão e até zumbis. Claro, tudo com um toque brasileiro. Maurício Eça tenta arrancar o máximo de seus personagens, mesmo que a química e interação entre eles não parece nada genuína.

Individualmente a maioria tem seu momento de brilhar, com exceção de Sophia Valverde. Espero do fundo do coração que o longa faça bastante bilheteria, para que a atriz possa fazer um curso de interpretação melhor, já que todos parecem estar no tom do flme, menos ela. Aliás, falando em tom, Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo demora para encontrar uma linha para seguir, principalmente ao longo de seu primeiro ato, o que dificulta bastante a conexão, já que o filme é curto.

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Foto: Laura Campanella
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O fato de focar sua história quase que inteiramente em Mônica também é um defeito, já que por motivos de Sophia, o desinteresse é absurdo. A trilha sonora também parece desconjuntada e não conversa com a produção, querendo evocar sentimentos a todo o tempo. Não sou um leitor da versão jovem da Turma da Mônica, mas o sentimento é de que faltou a mesma sensibilidade com que Daniel Rezende tratou o grupo infatil em Laços e Lições.

Em nenhum momento é possível acreditar em suas motivações, amizade e desejos, e nem mesmo que nossos “vingadores brasileiros” se conhecem há tanto tempo. Uma pena.


Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo chega aos cinemas no dia 18 de janeiro

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