Transformers: O Despertar das Feras – Crítica | Voltando ao status quo

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Depois de ganhar um respiro com Bumblebee, a franquia parece retornar as origens em “Transformers: O Despertar das Feras”


Quando Michael Bay dirigiu seu derradeiro filme da franquia em O Último Cavaleiro, o desgaste já estava tão evidente que a Paramount Pictures anunciou já no ano seguinte, o reboot do universo, intitulado Bumblebee. Trazendo Travis Knight (do ótimo “Kubo e as Cordas Mágicas“), para a direção de um longa repleto de coração que mistura aventura e coming of age.

Agora, em Transformers: O Despertar das Feras, estamos diante da continuação desse reboot, que infelizmente tem a cara do desgaste que a franquia apresentava em seu quinto filme: personagens demais, importância desproporcional a trama humana e uma tentativa meio desesperada de crossover.

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Foto: Divulgação Paramount Pictures

Qual a trama de Transformers: O Despertar das Feras?

Ambientado nos anos 1990, o filme levará o público a uma aventura global cheia de ação, enquanto os Maximals, Predacons e Terrorcons se juntam à batalha entre os Autobots e Decepticons na Terra.

Noah (Anthony Ramos), um jovem astuto do Brooklyn, e Elena (Dominique Fishback), uma ambiciosa e talentosa pesquisadora de artefatos, são arrastados para o conflito enquanto Optimus Prime e os Autobots enfrentam o terrível novo inimigo empenhado em sua destruição chamado Scourge.

O que achamos do filme?

Mesmo apresentando uma trama repetida de mcguffin que a saga mostra desde o primeiro filme (quem não lembra do famoso “cubo”?), O Despertar das Feras tem um início competente, introduzindo os Predacons e Maximals de forma fluida e carismática. A personalidade deles é distinta, e ao esbarrar no senso de humor dos Autobots, cria uma dinâmica gostosa de assistir.

A falha ambientação dos anos 90 tenta acertar na ótima trilha sonora, e nas batalhas em campo aberto, distante das cidades. As poucas cenas de ação não enchem os olhos, e mesmo que apelem para a nostalgia na batalha final, a sensação é de que faltou inspiração. Os humanos tem um papel importante, e entram em mais um dilema com as criaturas de Cybertron, onde a sobrevivência das espécies acaba por uni-los.

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Foto: Divulgação Paramount Pictures

O visual dos Transformers é aquele mesmo apresentado em Bumblebee, menor e mais enxuto como no desenho, o que particularmente me agrada mais. A amizades entre Noah e Mirage (Pete Davidson/Douglas Silva) também é um acerto em O Despertar das Feras, e a maioria das piadas funcionam, por mais que a presença do sempre chato Optimus Prime (Peter Cullen/Guilherme Briggs), tente atrapalhar essa questão.

A impressão que fica é que o protagonismo exacerbado do líder dos Autobots (como sempre gosta de se referir a si mesmo), afeta as produções em que ele aparece, com personagens mais carismáticos que ele morrendo ou sumindo da narrativa.

Apostando no clima leve de aventura, a produção termina com um aceno a um possível crossover que pode acontecer caso o longa vá bem nas bilheterias. Aliás, meu desejo era que essa união fosse com família de Vin Diesel em Velozes e Furiosos, mas infelizmente não será.


Ps: O cópia apresentada na cabine foi a versão dublada.

Ps²: Não há cenas pós-créditos.


Transformers: O Despertar das Feras estreia no dia 08 de junho (quinta-feira) nos cinemas brasileiros

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Foto: Divulgação Paramount Pictures
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