Mesmo com uma ótima direção de arte, “Sombras de Um Crime” é um thriller sem emoção e pegada
Já é notícia velha que Liam Neeson quer se aposentar dos filmes de ação, e talvez por isso o diretor Neil Jordan mais fale do que mostre sobre a reputação do protagonista Marlowe, nome original de Sombras de um Crime.
O longa parece transpor para a tela o cansaço do ator, fazendo personagens acima do bem e do mal, com frases de efeito a cada minuto, e um mistério confuso e fraco.
Qual a história de Sombras de Um Crime?
Sombras de um Crime é ambientado no final dos anos 1930 em Bay City, e gira em torno de um detetive taciturno e sem sorte; Philip Marlowe, interpretado por Liam Neeson, que é contratado para encontrar a ex-amante de uma glamorosa herdeira (Diane Kruger), filha de uma conhecida estrela de cinema (Jessica Lange).
O desaparecimento é a primeira reviravolta em uma série de eventos desconcertantes, e logo Marlowe está envolvido em uma investigação mortal e uma teia de mentiras que ele está determinado a trazer à luz.
O que achamos do filme?
Nem uma direção de arte primorosa, e uma trilha sonora competente salvam Sombras de Um Crime de ser um emaranhado de ideias que tinham potencial, mas que se desgastam pela fraca direção nas cenas de ação e perseguição e um texto repleto de diálogos péssimos.
Neil Jordan corta uma cena de luta do nada, para em seguida mostrar a consequência dela, sem que o espectador veja com seus próprios olhos. O mistério embaralhado não instiga, e o texto é falado em forma de galhofa, mesmo com o filme se levando a sério.
Com quase 2 horas de duração, é praticamente um martírio terminar Sombras de Um Crime sem a sensação de que poderia ter sido mais do que Liam Nesson repetindo que está velho demais para isso ou aquilo, e de fato, está.
Nota: 3