Era Uma Vez Um Gênio – Crítica | Mais um do cinema otimista de 2022

era uma vez um gênio
Foto: Divulgação Paris Filmes

Otimista, George Miller entrega histórias de amor em “Era Uma Vez Um Gênio”


Se existir um palavra para definir George Miller, essa palavra é versatilidade. O diretor de Mad Max: Estrada da Fúria também comandou o clássico Baby: O Porquinho Atrapalhado, Happy Feet: O Pinguim, e ainda os outros filmes da franquia australiana com Mel Gibson.

Em Era Uma Vez Um Gênio, Miller mostra seu talento ao trazer uma produção mais contida e focado no poder de contar e ouvir historias. Além disso, entrega um espetáculo visual e narrativo, utilizando-se da calma e de muita parcimônia.

Foto: Divulgação Paris Filmes

Qual a trama de Era Uma Vez Um Gênio?

Uma fantástica aventura da imaginação onde uma mulher que descobre um gênio em uma lâmpada – e sabendo que nenhuma história sobre desejos realizados tem final feliz – se recusa a fazer seus 3 desejos que libertariam o gênio. Ele, em um esforço para convencê-la, narra suas aventuras no tempo com flashbacks das eras de reis e faraós e como amar a mulher errada o forçou a se tornar prisioneiro desta garrafa e, portanto, viver sozinho por toda a eternidade.

Ele anseia por liberdade, ela anseia por companhia. O relacionamento deles cresce e, à medida que sacrificam suas próprias necessidades pelo outro, encontram um no outro o que sempre ansiaram e precisaram.

O que achamos do filme?

Numa vibe Wes Anderson (seja na simetria ou nas inventivas transições), Era Uma Vez Um Gênio começa repleto de estranheza, ao mesmo tempo em que estabelece regras que pretende cumprir. A direção usa dos bons efeitos digitais, e o roteiro aproveita-se da química dos atores, para entregar diálogos rápidos.

Tilda Swinton e Idris Elba ocupam a maior parte do tempo de tela, juntos ou separados. As variações de linguagem (que vão do inglês ao grego), demonstram uma valorização da cultura do oriente, que Miller quer trazer ao seu longa. Há até piadas com o fato do ocidente se achar superior.

Confira também: Um Lugar Bem Longe Daqui – Crítica | A versão hollywoodiana de Pantanal

Foto: Divulgação Paris Filmes

As elipses do tempo se misturam com as palavras. Há diálogos filosóficos sobre amor, ódio, prisão, liberdade, justiça e vingança, tudo com muito calma, mas sem fazer o espectador desprender os olhos. Miller também brinca com o cinema de horror, ao passo que discute se o ser humano é igual em todos os tempos e lugares.

Amor é ceder, e às vezes isso exige sacrifícios. Era Uma Vez Um Gênio segue essa tônica, sem deixar de lado a importância de se ter alguém para compartilhar. Nem os inúmeros finais que o filme tem, estragam o peso de uma obra sobre sabedoria útil: a sabedoria do outro.


Era Uma Vez Um Gênio está em cartaz nos cinemas brasileiros

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