A nova animação da Dreamworks, Ruby Marinho – Monstro Adolescente, chega aos cinemas brasileiros no dia 29 de junho (nesta quinta-feira). Confira mais detalhes sobre o filme, e um bate papo exclusivo com as dubladoras: Agatha Paulita e Giovanna Lancellotti, além do diretor de dublagem Wendel Bezerra.
Qual a trama de Ruby Marinho – Monstro Adolescente?
Às vezes, a heroína que você está destinada a ser está logo abaixo da superfície.
Neste verão, a DreamWorks Animation mergulha nas águas turbulentas do ensino médio com uma comédia de ação hilária e afetiva sobre uma tímida adolescente que descobre pertencer a uma lendária linhagem real dos kraken, míticas criaturas marinhas, e que seu destino nas profundezas dos oceanos é muito maior do que ela jamais poderia ter imaginado.
Aos 16 anos, a doce e desajeitada Ruby Marinho (Lana Condor/Agatha Paulita) está desesperada para se enturmar no Colégio Oceanside High, mas se sente invisível quase sempre.
Ela está ensinando matemática para seu crush, Connor (Jaboukie Young-White/Gabriel Santana) que só parece admirá-la por seus fractais. Além disso, está proibida de passear com as crianças legais na praia porque sua supermãe superprotetora (Toni Collette/Adriana Pissardini) a proibiu, terminantemente, de entrar na água.
Mas quando Ruby quebra a regra número um de sua mãe, ela descobre ser descendente direta das rainhas guerreiras kraken e que está destinada a herdar o trono e a liderança de sua avó (Jane Fonda/Patrícia Scalvi), a Rainha Guerreira dos Sete Mares.
Os Kraken são os responsáveis pela proteção dos oceanos contra o mundo das sereias vãs e sedentas de poder, com quem tem lutado por eras. No entanto, agora há um grande e urgente problema batendo às portas do novo mundo recém-descoberto de Ruby: a bela e popular nova garota da escola, Chelsea (Annie Murphy/Giovanna Lancellotti), é justamente… uma sereia. Ruby vai precisar acolher quem ela é e fazer o possível e o impossível para proteger aqueles a quem mais ama.
Sobre o filme…
Dirigido pelo cineasta indicado ao Oscar, Kirk DeMicco (Vivo: Um Amigo Show, Os Croods), produzido por Kelly Cooney Cilella (Trolls, Trolls 2), com Faryn Pearl (Os Croods 2: Uma Nova Era, Trolls 2) na codireção.
Ruby Marinho – Monstro Adolescente traz ainda em seu elenco estelar Colman Domingo/Mauro Ramos, como Arthur, o pai solidário de Ruby; Sam Richardson/Rodrigo Araújo, no papel do tio entusiasmado de Ruby, Brill; e Blue Chapman/Lorenzo Galli, como o descolado irmão caçula da adolescente, Sam.
Bate papo com as dubladoras (Giovanna Lancellotti e Agatha Paulita) e o diretor de dublagem (Wendel Bezerra)
Tiago Cinefilo (A Odisseia): Como foi comandar a dublagem com a Giovanna e a Agatha? A Gi só tinha feito um trabalho de dublagem, e a Agatha já é uma dubladora experiente, existe muita diferença?
Wendel Bezerra (diretor de dublagem): Ah, foi bastante diferente né. A Agatha por exemplo, é algo que ela faz todos os dias há muitos anos. Então a parte técnica tá meio resolvida, e eu consigo me aprofundar bastante na interpretação dela. Já com a Giovanna foi diferente, eu preciso fazer primeiro com que ela acredite em mim, depois eu preciso fazer com que ela acredite no que ela tá fazendo, de que ela se convença de que está sendo bom.
Então é um processo que a gente vai devagarinho, eu chamo ela pra técnica, ela assiste uma cena e começa a gostar, começa a entender, daí a gente volta lá no começo e tal. E eu dou mais liberdade pra ela interpretar, a parte técnica eu cuido, diferente de uma dubladora que faz isso rotineiramente, porque ela já domina a parte técnica e a interpretação. Então eu deixo ela ficar muito a vontade, muito segura, pra a partir daí, ela começar a interpretar, que eu vou cuidando da parte técnica, que é a hora que a gente entra em sintonia, e aí o trabalho vai. É um processo mais lento, mas é super prazeroso, ela adorou fazer.
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Tiago Cinefilo (A Odisseia): Você na adolescência tinha semelhanças com a Ruby Marinho? E comenta um pouco sobre sua química com a Gi, você por ser uma dubladora mais experiente, deu algumas dicas a ela?
Agatha Paulita (dubladora Ruby Marinho): A Gi me surpreendeu muito! Ela tem um baita vozeirão, e esse foi o primeiro comentário que eu fiz pra ela. Assim que a gente se encontrou eu falei: “que baita vozeirão hein”, e ela foi muito simpática, ela admira a dublagem, e isso foi muito legal. Esse reconhecimento que os dubladores estão tendo é muito fantástico!
E eu posso dizer que eu e a Ruby, a gente tem bastante coisa em comum, e quem não tem né? Porque na adolescência eu acho que todo mundo se sente um monstro, todo mundo tem questionamentos, e dúvidas, e medos, e anseios, e a Ruby tá aí pra mostrar que é isso. A gente tem momentos muito inseguros, mas em compensação na hora da virada, a virada vem com tudo, vale a pena cada segundo.
Tiago Cinefilo (A Odisseia): Gi, sua dublagem aqui é bem diferente da que você fez em Detona Ralph. A Chelsea tem umas entonações de voz, às vezes mais grossa, às vezes mais delicada. Como foi esse processo pra você?
Giovanna Lancellotti (dubladora Chelsea): Pra mim foi uma delícia! Eu gosto muito do universo da dublagem, sempre me interessei, sempre acompanhei dubladores. A melhor personagem que eu poderia pegar é uma que vai do agudo ao grave né, que é bem o caso da Chelsea. Então ela tem essas duas fases, que são quase duas personagens diferentes né: uma é uma menina doce e pra cima, e a outra já vem com um grave e tal. Então foi muito divertido, a gente fez tudo num dia só.
Então foi uma loucura, a gente pegou a parte da manhã pra fazer a primeira fase, mais doce, leve, alto astral. Aí almoçamos, e na segunda fase foi só paulera. E é sempre uma experiência maravilhosa. Nesse filme, foi feito teste, teve uma seleção de teste. Então eu fiquei muito feliz de ter sido aprovada lá fora também. Porque a voz tem que casar com a voz original, então isso tudo vai me despertando ainda mais vontade de fazer coisas assim, nessa vertente.