Transmitida no Brasil pela Paramount+, a segunda temporada do reality show Queen of the Universe chega com uma representante brasileira na disputa pelo título.
Os apaixonados pelas competições entre drag queens tem um prato cheio nesse final de semana: a segunda temporada de Queen of the Universe está chegando ao catálogo da Paramount+.
O programa, apresentado por Graham Norton e produzido pela lenda RuPaul Charles, reúne algumas das maiores drag queens do mundo em uma disputa pelo título de “Queen Of The Universe” e um prêmio em dinheiro de 250 mil doláres. O objetivo de cada episódio é mostrar o talento vocal das competidoras, já que elas precisam apresentar uma nova performance musical diante de uma plateia ao vivo e também diante do “Pop Diva Panel”.
O corpo de jurados desta temporada recebeu o reforço de da estrela Mel B. Ela se une aos jurados que já foram apresentados ao público na edição anterior: a produtora e vencedora de três Emmy, Michelle Visage (que também é jurada do RuPaul’s Drag Race); a indicada a diversos prêmios Emmy e Grammy, Vanessa Williams; e a drag americana Trixie Mattel.
O elenco da segunda temporada vem de nove países diferentes. As dez participantes são: Aura Eternal (Palermo, Itália), Jazell Royale (Orlando, Flórida, EUA), Love Masisi (Amsterdã, Holanda), Maxie (Manila, Filipinas), Militia Scunt (São Francisco, Califórnia, EUA), Miss Sistrata (Tel Aviv, Israel), Taiga Brava (Cancún, México), Trevor Ashley (Sydney, Austrália), Viola (Coventry, Inglaterra, Reino Unido) e a representante brasileira Chloe V (do Rio de Janeiro).
Durante a entrevista coletiva promovida pela celebrar o lançamento dos primeiros episódios, Chloe revelou as armas secretas que a diferencia das concorrentes de outros países: as referências, incluindo Fat Family e Vanessa Jackson (vencedora do primeiro Fama, lá em 2002); o rosto e o corpo tipicamente brasileiros; e o fato das drags brasileiras conseguirem se virar com pouco em um país que desvaloriza a arte.
“Acho que as drags brasileiras são, antes de tudo, muito inteligentes. As pessoas admiram muito as drags internacionais, mas elas têm condições para financiar sua arte. Aqui no Brasil, além de desvalorizadas, as drags fazem muito com pouco recurso. Literalmente, tiram leite de pedra”.
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Uma Queen of the Universe pode ter dívidas?
A resposta é sim.
“Fazer drag é caro. Agora, fazer drag com excelência é caríssimo.Eu acabei de pagar mês passado, quase um ano depois de termos gravado”
Além disso, Chloe V contou aos jornalistas que o processo de preparação e montagem dos looks precisou ser muito acelerado. Após receber a notícia de que havia sido selecionada, ela precisou correr atrás de estilistas, enquanto já pensava em ideias para os números musicais. Afinal, o look precisa combinar não só com a música, mas também com a apresentação como um todo.
Ainda assim, ela garante que gastaria o dobro se fosse convidada para participar de RuPaul’s Drag Race.
Pressão para manter o título de Queen of the Universe
Quem assistiu a primeira temporada, sabe que a drag gaúcha Grag Queen foi a grande vencedora. Apesar disso, Chloe garantiu na coletiva que não existiu nenhuma pressão para que ela mantivesse a coroa no Brasil. O que existe é apenas a responsabilidade natural de representar seu país em uma competição internacional tão grande.
“A Grag é minha amiga e nossos estilos são muito diferentes. Cada drag é uma drag, e todas juntas fazem o movimento”.
As maiores dificuldades da carioca, na verdade, foram a comida e o idioma.
No primeiro caso, ela dividiu com a drag filipina Maxie o desejo de comer um prato típico de sua terra natal. No segundo, precisou aprender a realmente se comunicar em inglês para se virar bem nos bastidores do programa.
“Uma coisa é você trocar meias palavras em uma reunião no home office, mandar um e-mail em inglês, agora se expressar e ter carisma, é muito difícil”.
Para ser a Queen of the Universe, você não pode desistir
Chloe V se inscreveu para participar da primeira temporada de Queen of the Universe, porém a convocação só veio depois. Uma coisa não tem relação direta com a outra, mas, ao final da entrevista coletiva, ela fez questão de dizer que existe espaço para mais gente brilhar. O importante é manter-se sempre em constante evolução e não desistir.
Nas palavras da nossa Queen of the Universe:
“Se joga e não olha pra trás para não ver as contas que ficam”.
Os dois primeiros episódios de “Queen of the Universe” já estão disponíveis na Paramount+. Os outros serão lançados semanalmente aos sábados.
