- Título: Enigma de Andrômeda
- Autor: Michael Crichton
- Ano: 1968
- Edição: 2018
- Editora: Aleph
- Páginas: 304
- Gênero: Ficção Científica
[…] como se estuda uma forma de vida inteiramente diferente do que se conhece? Como sequer saber que ela está viva?
O Enigma de Andrômeda é um livro muito diferente de qualquer outro tipo que eu já havia lido, inclusive outros do autor de Jurassic Park, Michael Crichton.
Sobre o livro Enigma de Andrômeda
O livro começa com uma cena que parece muito com algum filme de terror e já nos enche de tensão. A humanidade possivelmente fez seu primeiro contato com vida extraterrestre, e é um microorganismo que mata rapidamente.
A premissa é muito interessante, mas a partir daí fica tudo bastante científico e cheio de burocracias. O autor, que era médico, cria então uma história cheia de processos de pesquisa e várias explicações para explicar o que acarretou na morte de uma pequena cidade inteira.
O mistério biológico extraterrestre dessa ameaça se mantém durante toda a leitura, que mantém a atenção no livro. Algumas vezes as explicações científicas acabam deixando a leitura de O Enigma de Andrômeda um pouco cansativa.
Porém a ideia do livro é basicamente mostrar um relatório de uma perspectiva bastante científica, de caso algo como aquilo acontecesse, como seriam os processos, as pessoas envolvidas, o que poderia acarretar um problema ou não, etc. É tão realista que já conheci quem achou que fosse um relato real.
Apesar da proposta do autor ser de um livro bastante científico e realista, ele ainda consegue dar alguns momentos de tensão. Porém ainda fica faltando aquela atençãozinha mais, que faz sentir falta no livro.
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O Enigma de Andrômeda tem tantos area de pesquisa a trabalho científico, que ficou faltando uma pequena dose mesmo de ficção para quem quer ver o Michael Crichton que odeia parques temáticos (ele também é responsável pelo roteiro que deu origem à WestWorld).
Uma outra coisa que não gostei muito não é a leitura, foi o fato de O Enigma de Andrômeda ser muito objetivo e não explorar muitos personagens. Dessa forma não tem muito apego com ninguém, e isso acaba causando uma pequena desconexão com a leitura.
O fato de praticamente só ter homens (afinal de contas é de 1968) também me dificulta, e o autor tem uma explicação para isso (e é importante no livro), que pode até fazer sentido para o pensamento da sociedade na época, mas não me desce.
O que achamos de Enigma de Andrômeda
Se pensar em ler O Enigma de Andrômeda como se fosse, talvez, um artigo de revistas como Superinteressante, tem algumas partes do processo científico que são muito curiosas, e dá para ficar debatendo se aquilo dá certo ou não.
Ou se, hoje em dia, com tantos avanços tecnológicos, conseguimos fazer outros tipos de coisas com mais eficiência. Mas acredito que quem é mesmo da área desses processos é que vai se divertir mais com esse tipo de debate.
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A ameaça biológica extraterrestre que pode matar a todos a qualquer momento, ficar sempre esperando o que vai dar errado, quando, onde e por causa de quem é realmente o que nos mantém presos à leitura de O Enigma de Andrômeda.
Uma pequena tensão até é criada no final, mas a resolução é tão morna que realmente parece que foi mais uma leitura de artigo científico do que uma obra de Michael Crichton.
Se você ficou curioso e gostaria de ler essa obra, pode adquirir a versão física ou digital de O Enigma de Andrômeda aqui.
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