Não Enche! é um novo filme argentino de ficção que tem um pé na realidade e está cercado de polêmicas. Agora, faz sucesso na Netflix. Entenda.
Os filmes são ficção, mesmo que baseados em fatos reais. Mas isso não impede que algumas pessoas se sintam interpeladas por algumas das questões que ocorrem nas telas de cinema.
Desta vez, falamos de uma produção que parece estava sofrendo em polêmicas na Argentina mesmo antes de sua estreia por lá, por circunstâncias alheias ao filme em questão, mas sim por um fato ocorrido no próprio país.
Trata-se de um filme argentino conhecido como Não Enche!, dirigido por Azul Lombardía, que chegou aos cinemas locais há um tempo e agora ganha destaque no catálogo da Netflix.
Do que se trata Não Enche! e qual é a polêmica?
Este filme conta a história de duas mulheres que lutam contra seus ataques de raiva e se unem para derrotar um cirurgião midiático que colocou suas vidas em perigo.
O problema causado por este filme é que chega em um momento terrível, devido aos recentes casos de um cirurgião plástico do país, chamado Aníbal Lotocki, atualmente condenado devido a uma série de denúncias por má prática após a triste morte da modelo e atriz Silvina Luna, ocorrida em 31 de agosto passado.
Muitas pessoas até sugeriram a possibilidade de que a data escolhida não seja coincidência, embora isso seja um absurdo, pois associar o filme ao que aconteceu não faz nenhum sentido ao filme, estrelado por Carla Peterson e Julieta Díaz.
O que chocou o público argentino é que o tema da má prática é abordado de forma cômica, onde as piadas não acertam o alvo e não provocam um ar cômico devido à tragédia que aconteceu por lá.
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Elenco de Não Enche!
Este filme argentino com 93 minutos de duração conta com um elenco composto por nomes como:
- Carla Peterson
- Julieta Díaz
- Salvador del Solar
- Esteban Lamothe
- Martín Garabal
- Eugenia Guerty
- Celina Font
- Jazmín Rodríguez Duca
- Fito Páez
- Nancy Dupláa
- Cecilia Dopazo.
Personagens falaram sobre o filme
“O filme aborda muito sobre o mandato cultural, a beleza e a ‘violência estética’. A morte de Silvina Luna é uma situação muito triste; é um tema que vem acontecendo com pessoas em situação econômica pior, que quiseram acessar isso a qualquer preço e se complicou”, disse Julieta Díaz em uma entrevista à Télam realizada um dia após o falecimento da modelo rosarina.
Segundo refletiu Carla Peterson, que também participou da entrevista nesta agência na sede da produtora do filme, “não podemos continuar vivendo uma vida com filtros” e, sobre as conclusões do filme, alertou que “não podemos escapar dessa rapidez e vertigem que o mundo moderno propõe”.
Nesse sentido, a atriz vencedora de um Martín Fierro recomendou “ver como encontrar um caminho próprio” após questionar se “a realidade é uma foto ou uma imagem”.
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