João e Maria – Caçadores de Bruxas

Um filme feito para ser só o bom e velho divertimento, mas que não atinge o seu objetivo. O filme é fraco, equivocado e muito previsível. O clímax é razoável, mas nada que conserte um filme feito de clichês e que tem um inicio mal conduzido e chato.

O filme segue com a história de João e Maria (Jeremy Renner e Gemma Arterton). Após matarem a bruxa da casa de doces (que faz parte de uma grande conspiração para pegar Maria…), eles passam a caçar bruxas. Essa é a premissa de mais um filme que chega aproveitando a moda de adaptar contos infantis para filmes de ação. Pelo menos, esse conta com uma novidade: o filme é sangrento. De uma maneira maneira superficial, mas é sangrento.

A direção e o roteiro são do norueguês Tommy Wirkola. A direção não é uma obra de arte, mas funciona. Já o roteiro… O roteiro do filme é fraco, as reviravoltas (se é que podem ser consideradas reviravoltas) são forçadas e extremamente previsíveis. A reviravolta que poderia funcionar se perde ao ser mostrada como uma conspiração que existe desde o primeiro minuto do filme.

O elenco também é descartável. Não que os atores sejam ruins, eles só não acrescentam nada ao filme. Famke Janssen está muito abaixo do normal, além de estar coberta por uma maquiagem ruim durante boa parte do filme. Os coadjuvantes são desconhecidos, mas vale destacar o jovem Thomas Mann e a finlandesa Pihla Viitala (ela aparece nua, mas não salva uma personagem ruim com um plot ruim). Jeremy Renner e a bela Gemma Arterton funcionam nas cenas de ação e só.

Os efeitos especiais são legais, partindo do principio que o filme não é uma super-produção. O troll, feito através de um robô controlado por um ator dentro da fantasia, ficou razoável. O sangue também é legal. Na verdade, as cenas de ação, que não são perfeitas, acabam salvando o filme. Como já disse, o clímax é uma boa cena de ação.

O 3D é só razoável. Não acrescenta nada ao filme e se limita a só jogar coisas na tela. Ou seja, é um efeito desperdiçado que ainda prejudica as cenas noturnas, deixando a fotografia muito escura.

Um filme foi vendido como uma nova franquia, mas é desinteressante e fraco. Os personagens mal desenvolvidos também atrapalham o filme, já que o público não se importa com nenhuma morte e nem torce pelos heróis. Algo importante em um tipo de filme que se segura nas suas cenas de ação. É assistível, mas é um entretenimento fraco. Ainda bem que não paguei caro para assistir em 3D no cinema…

OBS 1: O filme tem todos os clichês desses filmes feitos para se tornar franquias. O fã que vira ajudante, os monstros que passam pro lado do bem e até o aumento do grupo. Nada disso me convenceria a assistir uma continuação…

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