Com visual cáotico e sujo (no bom sentido), “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” é aventura despretensiosa e referencial
Os fãs sabem que a história das Tartarugas Ninja nos quadrinhos foi um golpe de pura sorte. Na verdade, todas as criações e mudanças feitas pelos criadores
Agora, ancorado pelo sucesso de Aranhaverso e seu filho bonito (Gato de Botas 2), As Tartarugas Ninja: Caos Mutante chega aos cinemas prometendo uma história adolescente de fato, cercada de um visual impecável.
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Qual a história de As Tartarugas Ninja: Caos Mutante?
Em Caos Mutante, o público vai acompanhar a jornada das Tartarugas enquanto eles tentam conquistar os corações dos nova-iorquinos através de atos heróicos, para serem aceitos como adolescentes normais. A sua nova amiga, April O’Neil, os ajudará a derrubar um misterioso sindicato do crime, mas as coisas se complicam quando um exército de mutantes se volta contra eles.
O que achamos do filme?
Com a direção de Jeff Rowe (A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas), co-direção de Kyler Spears e roteiro com participação da dupla de Superbad (Evan Goldberg e Seth Rogen), o mérito de Caos Mutante está em tratar seus personagens como adolescentes falhos e passíveis de erros. Essa conduta errática e personalidades distintas se traduz na linguagem que mistura 2D e 3D, com uma pegada suja baseada nos grafites de rua, desenhos a mão da cidade de Nova York e até live action.
A obsessão de Rafael, Leonardo, Michelangelo e Donatello pela superfície continua. trazendo uma história simples e já vista em outras adaptações dos heróis crustáceos, como: seu desejo de aceitação, a busca pela validação humana e sua relação com April O’ Neil, aqui uma jovem negra ainda estudante e em busca de ser uma jornalista de respeito.
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A união entre a trilha sonora e referências atuais da cultura pop deixam Caos Mutante com uma pegada dinâmica e ágil, numa montagem habilidosa misturada com um texto enérgico, mesmo que o ato final descambe para o apelo emocional e clichê da fé na humanidade, com clara inspiração em Power Rangers e seus mosntros gigantes.
Mesmo assim a nova produção é mais uma das tentativas de sair do engessado modelo Disney/Pixar (que a própria fugiu um pouco em Elementos), e dá certo em sua maior parte não apenas pela questão poderosa de seu estilo, mas pela força de seus personagens. O Mestre Splinter de Jackie Chan que o diga.