A Mulher Rei – Crítica | Revisionismo combativo

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Foto: Divulgação Sony Pictures

Importante dentro e fora das telas, “A Mulher Rei” se divide entre erros e momentos empolgantes


Quando mostrei minhas primeiras impressões de A Mulher Rei nas redes sociais, evidenciei os erros históricos da obra, ao mesmo tempo em que o filme constrói um retrato visualmente deslumbrante e um bom filme de ação. Disse que você poderia interpretar o filme por esse dois caminhos, e obtive uma resposta sincera: “então existe o caminho legal e o caminho chato de ver o filme né?”.

Exatamente, o novo longo protagonizado por Viola Davis pode ser consumido dessas duas formas. Pela importância de se ter um filme de drama histórico de ação protagonizado por mulheres pretas, ou uma trama recheada de erros históricos, que se aproveita de algumas lacunas para contar uma narrativa ao seu bel prazer.

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Foto: Divulgação Sony Pictures

Qual a história de A Mulher Rei?

A Mulher Rei é uma história memorável das Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé (John Boyega) nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto.

Inspirado em eventos reaisA Mulher Rei acompanha a emocionante jornada épica da General Nanisca (a atriz vencedora do Oscar® Viola Davis) enquanto ela treina uma nova geração de recrutas e as prepara para a batalha contra um inimigo determinado a destruir o modo de vida delas. 

O que achamos do filme?

A produção de Gina Prince-Bythewood (The Old Guard) abre com uma boa sequência de batalha, para logo depois gastar um tempo com calma, desenvolvendo sua real protagonista Nawi (vivida pela talentosíssima atriz sul-africana Thuso Mbedu), seguindo os ensinamentos de Izogie (a excelente Lashanna Lynch), além é claro, de Viola Davis.

As motivações são claras, e apesar de algumas coincidências pelo caminho (que acabam afastando um pouco os mais exigentes), A Mulher Rei segue a cartilha da jornada do herói (da heroina no caso), evidenciando traumas passados, a busca pela excelência (seja ela física ou emocional), e as escolhas que tomamos na vida.

Confira também: Não se Preocupe, Querida – Crítica | Maior do que a fofoca

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Foto: Divulgação Sony Pictures

As sequências de ação são empolgantes, apesar da cineasta optar por aproximar sua câmera dos personagens, ao invés de contemplar a batalha em plano aberto. Desta forma, Gina invidualiza e humaniza ainda mais as guerreiras, valorizando o combate corpo a corpo, aumentando o suspense e a empatia.

Subtramas envoltas em plot twists e romances baratos ameaçam afetar a integridade de A Mulher Rei, mas a construção daquele universo, desde figurinos, direção de arte e boas atuações nos deixam imersos, mesmo vendo atores britânicos tentando falar português.


A Mulher Rei está em cartaz nos cinemas

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