Querendo inundar o mundo, “Mergulho Noturno” quer trazer vários subgêneros do terror a sua história, sem trabalhar direito nenhum deles
Dor e alegria são sentimentos similares e estão intimamente conectados. Explico: em determinada cena de Mergulho Noturno, durante uma festa na piscina uma criança grita, e a mãe desesperada vai ver o que é, se deparando apenas com um grito de empolgação, mas que foi confundido com um clamor de desespero. Essa relação está ligada ao filme de Bryce McGuire (baseado em seu curta homônimo), em que ambas as sensações permeiam a mente do espectador.
Tudo que envolve a tal piscina assassina do filme é a alegria neste caso, porque o diretor sabe conduzir o nosso interesse através de imagens instigantes. A dor vem com todo o resto. Infelizmente a história ao redor da piscina, é muito parecida com aquela erva daninha que cresce do lado, enchendo o recipiente de bichos e sujeira.
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Qual a história de Mergulho Noturno?
O que achamos do filme?
Nem todo curta-metragem precisa virar longa, e esse é o caso de Mergulho Noturno, uma obra que faz com que o seu público perca o interesse com o passar do tempo. O início até causa tensão, e o ar de mistério ao trabalhar o misticismo da piscina são de fato eficientes. O que é amaldiçoado? A piscina, os azulejos, a água, a casa em que a piscina está? A busca por essas respostas são de fato interessantes.
Quando cai para o lado mais explicativo, o terror perde seu charme. Mergulho Noturno quer abraçar todas as vertentes do horror, querendo ser um filme de objeto almaldiçoado, possessão, espíritos, zumbis, psicológico, enfim, tudo isso junto e misturado, sem trabalhar direito nada. Parece muito aquele seu amigo que tem trocentos empregos, mas não sabe fazer nenhum deles direito.
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Mergulho Noturno está em cartaz nos cinemas brasileiros
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