Com a mesma fórmula de “Buscando”, “Desaparecida” parece uma novela mexicana com tantas reviravoltas, e isso não é ruim…
O cinema desktop não é uma novidade, com o recurso de telas sendo usado há algum tempo, principalmente nos filmes de terror. Em 2018, Buscando trouxe essa novidade ao suspense/mistério, entregando uma história potente sobre um pai desesperado em busca de sua filha.
Desaparecida segue a mesma linha de seu antecessor, agora colocando uma jovem no centro da ação, porventura tendo algumas dificuldades a mais em sua busca, ao mesmo tempo em que é impossível desviar os olhos da tela (ou telas) sem perder algo relevante.
Qual o enredo de Desaparecida?
Os criadores de “Buscando…” (Searching) trazem “Desaparecida” (Missing), um mistério eletrizante e repleto de reviravoltas que te fazem se perguntar o quanto você conhece aqueles que estão mais próximos de você.
Quando sua mãe (Nia Long) desaparece durante uma viagem de férias na Colômbia com seu novo namorado, a busca de June (Storm Reid) por respostas é cercada por um alerta vermelho internacional. Presa há milhares de quilômetros de distância em Los Angeles, June faz uso creativo dos recursos tecnológicos atuais que tem à sua disposição para tentar encontra-la antes que seja tarde demais.
Mas quanto mais fundo ela cava, sua busca digital levanta mais questões do que respostas; e quando June se depara com segredos de sua mãe, ela descobre que talvez ela nunca nem ao menos a conhecia de verdade.
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O que achamos do filme?
Se você gostou de Buscando, as chances de se interessar por Desaparecida aumentam, pois a estrutura dos dois filmes é basicamente a mesma. Claro, temos uma nova história, novos protagonistas, e novos mistérios, mas as desconfianças e dúvidas do espectador, se mantém neste novo longa, que se passa no mesmo universo do anterior.
O filme de Will Merrick e Nicholas D. Johnson, baseado no argumento de Sev Ohanian e diretor do primeiro Aneesh Chaganty, pede que o espectador esteja ligado a todo momento, se não poderá perder qualquer informação importante que aparecer.
Storm Reid se mostra uma atriz talentosa em ascensão, e segura o filme inteiro, não demostrando cansaço em sua busca desenfreada por informações, fazendo amizades improváveis e apresentando coragem ao ir atrás da verdade.
Falando em amizades, Javi (Joaquim de Almeida) personagem colombiano que aparece no @ produção, mostra a relevância da América do Sul e sua função importantíssima na trama, além de exaltar o uso da tecnologia na resolução de problemas, sendo um anti-Black Mirror.
O que pode cansar um pouco o espectador são as constantes reviravoltas, que apesar de surpreendentes, sendo daquelas que com certeza causarão certo furor nas salas de cinema, tinham a necessidade de serem melhor distribuídas no filme.
Sendo assim, Desaparecida entra na onda atual de chamar um filme de “tik tok” com uma narrativa visual rápida, repleta de informações por minuto. O que pode incomodar puristas que não aceitam que as linguagens do cinema se atualizam a todo momento. Bom, paciência.
Nota: 8