Megatubarão 2 é galhofa como deve ser | Crítica do filme

megatubarão 2
Foto: Divulgação Universal Pictures

Jason Statham abraça o “more monsters, more better” e se entrega a galhofa em Megatubarão 2


Significado de Galhofa

substantivo femininoBrincadeira; demonstração barulhenta de alegria. Zombaria; expressão de deboche, de escárnio explícito.

É impressionante que os vários significados da palavra galhofa se associam a Megatubarão 2, continuação do sucesso de 2018 protagonizado por Jason Statham, que foi muito bem nas bilheterias ao redor do mundo. Com bons efeitos e uma dose de diversão razoável, o primeiro filme conquistou seu público. Agora, a sequência sai das mãos de Jon Turteltaub (A Lenda do Tesouro Perdido), e vai para Ben Wheatley (Maldição da Floresta), cineasta conhecido por seus filmes de terror. Mas, será que funcionou?

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Foto: Divulgação Universal Pictures

Qual a trama de Megatubarão 2?

Desta vez, a equipe de Jonas Taylor (Statham) parte em uma nova exploração nas profundezas do oceano, mas é surpreendida por uma operação de mineração que ameaça a jornada do grupo e os coloca, novamente, em uma batalha insana pela sobrevivência em meio a predadores colossais de sangue frio.

O que achamos do filme?

Se o primeiro filme era de fato um filme de monstro, aqui, o diretor Ben Wheatley equilibra bem um horror de monstros a um filme de ação, utilizando a figura de Jason Statham completamente em forma, aesthetic e natty (como diria o ícone atual, Rodrigo Góes). Por vir do terror, Whetley até brinca com alguns jumpscares no decorrer da fita, apesar da primeira hora ser um pouco maçante.

A partir do segundo ato é que Megatubarão 2 finalmente se entrega a loucura, e a uma trama de piratas comandados por uma megacorporação que não liga para a natureza, com Megalodontes (sim, no plural), polvos gigantes e porque não, criaturas pré-históricas. A abertura do filme em si já causa um riso, não de deboche, mas um sentimento genuíno de que a diversão vem por aí, abraçando e dependendo da quantidade de monstros para torná-lo maior e melhor.

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Foto: Divulgação Universal Pictures

Para isso, o filme se inspira em continuações que não se levam a sério como Máquina Mortífera 2, Velocidade Máxima 2 e até Do Fundo do Mar, ao relacionar discursos motivacionais a ataques de tubarão que vem do nada. Statham como produtor executivo do filme joga todo o protagonismo para si, e sua relação de pai postiço com Meyling (Shuya Sophia Cai) continua natural, assim como sua interação com os retornos de Mac (Cliff Curtis) e DJ (Page Kennedy), e até com as novas adições, como o irmão de Suyin (interpretado por Jing Wu).

Mesmo repetindo algumas cenas e situações do filme anterior (que está disponível nos catálogos de HBO Max e Prime Video para quem quiser rever), a produção encontra conforto no exagero e no absurdo, sempre disposta a entreter com seus vilões caricatos e frases de efeito ridiculamente incríveis.


Megatubarão 2 está em cartaz nos cinemas brasileiros

Foto: Divulgação Universal Pictures
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