Broker: Uma Nova Chance – Crítica | Um Kore-eda menos inspirado

Broker: Uma Nova Chance - Crítica | Um Kore-eda menos inspirado 2

Apenas bom, “Broker: Uma Nova Chance” é um filme de Hirokazu Kore-eda no modo básico


Realizador de grandes filmes como Pais e Filhos e Assunto de Família, Hirokazu Kore-eda é famoso por trazer histórias simples, mas que acabam pegando no coração do espectador por suas complexidades e desdobramentos.

Não que Broker: Uma Nova Chance não tenha essas questões, mas ao assistir o filme, a sensação é que os conflitos foram apaziguados em prol da emoção, tornando o longa uma adição básica a filmografia do diretor japonês.

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Foto: Divulgação Diamond Films

Qual a trama de Broker: Uma Nova Chance?

Sang-hyeon (Song Kang-ho) é o proprietário de uma lavandeira e voluntário numa igreja, onde seu amigo Dong-soo (Gang Dong-won) trabalha. Os dois administram um negócio ilegal juntos, ocasionalmente roubando bebês deixados na porta da igreja, com Dong-soo excluindo as imagens de vigilância.

Eles vendem os bebês no mercado negro de adoção. Mas quando uma jovem mãe So-young (Lee Ji-eun) volta depois de ter abandonado seu filho, ela os descobre e decide ir com eles em uma viagem para entrevistar pais em potencial . Enquanto duas detetives, Soo-jin (Doona Bae) e Lee, estão investigando.

O que achamos do filme?

Repleto de dilemas, Kore-eda opta pela mistura entre cinismo e bom humor no desenrolar de suas narrativas, sem abrir mão do sentimentalismo. Existe uma exaltação do erro humano em Broker: Uma Nova Chance, e através dele a busca constante para se fazer a coisa certa.

Todos os personagens são repletos de traumas e encontram certo alívio numa família improvável. Os diálogos exaltam a crueza e a ausência de bondade humana, mas a todo momento os personagens estão sendo gentis, mesmo em suas falhas.

Broker: Uma Nova Chance - Crítica | Um Kore-eda menos inspirado 3
Foto: Divulgação Diamond Films

Quando se entrelaçam, as tramas empacam e os conflitos se estendem demais, deixando pouco para a sugestão. Os percalços aproximam o filme de uma comédia de erros misturada com drama existencialista, mesmo sem focar em um dos dois com precisão.

Acostumado ao controle, Kore-eda parece perder a mão em suas histórias, concluindo Broker de maneira cansativa nas poucas mais de 2 horas de projeção.


Nota: 6


Broker: Uma Nova Chance chega aos cinemas brasileiros no dia 06 de abril

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