Argylle: O Superespião – Crítica | Diversão entre a fantasia e a realidade

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Foto: Divulgação Universal Pictures

Usando a metalinguagem a seu favor, “Argylle: O Superespião” é aventura divertida entre a fantasia e a realidade


Matthew Vaughn é um daqueles diretores que tem compromisso com a diversão. Desde Kickass e passando por Kingsman, Vaughn parece querer construir cenas memoráveis de ação em todas as suas produções, e aqui em Argylle: O Superespião não é diferente. É claro, a ação mudou de uns tempos pra cá com o advento dos dublês tomando a frente das câmeras. Depois de ver um John Wick, ou até mesmo Trem Bala (do ano passado), nossa régua aumentou.

Sendo assim, o cineasta substitui o frenesi das constantes cenas de luta por estilo, e que estilo. Cada sequência é diferente da outra, e o texto de Jason Fuchs quer acompanhar essa estética maluca com reviravoltas mirabolantes e dignas de uma parodia de espionagem, que é o que a produção se propõe a ser.

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Foto: Divulgação Universal Pictures

Qual a trama de Argylle: O Superespião?

Quando os enredos dos romances de espionagem da reclusa autora Elly Conway (Bryce Dallas Howard) começam a refletir as ações secretas de uma organização de espionagem da vida real, as noites tranquilas em casa tornam-se uma coisa do passado.

Acompanhada por seu gato Alfie e Aiden (Sam Rockwell), um espião alérgico a gatos, Elly corre pelo mundo para ficar um passo à frente dos assassinos enquanto a linha entre o mundo fictício de Conway e o mundo real começa a se confundir.

O que achamos do filme?

Essa mistura de realidade e a fantasia dos livros de Elly faz muito bem as escolhas narrativas e visuais de Argylle: O Superespião, que encontra sua principal força nessa mistura inusitada. O Aidem de Sam Rockwell troca de lugar constantemente com o espião fanfarrão de Henry Cavill em ótimas coreagrafias de luta, que felizmente não se leva a sério em nenhum momento. As interações e a química entre Dallas Howard e Rockwell também é benéfica, nos fazendo acreditar nas maluquices que o texto insere a cada minuto.

Argylle falha apenas em um longo e engessado segundo ato, e mais ainda no CGI capenga, mesmo que renda momentos engraçados envolvendo o gatinho Alfie. As inúmeras reviravoltas dão um ar de produção de espionagem B dos anos 50 ao longa, unida a insanidade das tramas atuais. O absurdo não parece ter limites, e só nos resta a diversão e ligar a suspensão de descrença ao máximo.

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Foto: Divulgação Universal Pictures

Tendo um início que estabelece os personagens e suas motivações, um meio problemático  e um final delirante e frenético, é difícil falar mais de Argylle sem dar maiores spoilers, mas a impressão final é positiva, muito pela comicidade que seus personagens e atores se entregam, rompendo padrões estabelecidos pela indústria de filmes de espionagem de corpos sarados e gente magérrima.

Sendo assim, a  obra se estabelece como uma aventura romântica não apenas entre aqueles que fazem parte da história, mas de um certo amor de Vaugh aos filmes de espionagem, e porque não uma ode a violência colorida, e ao poder de contar histórias.


Ps: O filme tem uma cena pós-créditos


Argylle: O Superespião está em cartaz nos cinemas

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