Abracadabra 2 – Crítica | O que achamos do novo filme do Disney Plus?

abracadabra 2
Foto: Divulgação Disney Plus
Texto escrito por Carol Ballan

Quando se pensa em filmes de Halloween para o público jovem ou que não se interessa pelo terror, as grandes alternativas vêm da Disney: O Estranho Mundo de Jack e Abracadabra, ambos de 1993.

Considerando a necessidade de renovação desses clássicos após quase 30 anos e o sucesso das reciclagens de franquias do terror como Pânico e Halloween, assim como os esforços de Bette Midler em reviver Winifred, Abracadabra 2 é lançado como um momento de nostalgia para fãs do original e uma possibilidade de criar conexões com gerações mais jovens.

Foto: Divulgação Disney Plus

Qual a trama de Abracadabra 2?

O longa-metragem se inicia com uma história de origem das irmãs Sanderson, mostrando a sua vida na cidade de Salém antes de se tornarem bruxas. Apesar de ser uma sequência desnecessária ao se pensar no resto do filme, que não menciona o ocorrido e ainda traz uma contradição ao que é mostrado sobre se tornar uma bruxa, é inegável a diversão por conta da escalação das atrizes que dão vida às jovens Winifred (Taylor Henderson), Mary (Nina Kirchen) e Sarah (Juju Journey Brener).

Taylor Henderson, principalmente, consegue emular as expressões faciais de Bette Midler perfeitamente, e junto ao texto que brinca com as acusações de bruxaria sendo feitas às mulheres com personalidade forte, cria uma boa introdução ao universo para os jovens que desconhecem o filme original.

Em seguida, somos trazidos de volta à atualidade com o drama adolescente entre as amigas Becca (Whitney Peak), Izzy (Belissa Escobedo) e Cassie (Lila Buckingham), que pela primeira vez não passarão o Halloween e aniversário de Becca juntas, uma vez que Cassie se afastou por ter arranjado um namorado.

Na medida em que seu primeiro terço se desenrola, compreendemos que os fatos ocorridos no primeiro filme são conhecidos aos personagens, mas não impedem que as irmãs Sanderson sejam trazidas de volta acidentalmente para a cidade – e caberá às amigas impedir que elas retornem de vez, com sua fome por crianças renovada.

Trailer

O que achamos do filme?

É perceptível que não há grandes inovações em relação à trama principal, que envolve combater Winifred (Bette Midler), Sarah (Sarah Jessica Parker) e Mary (Kathy Najimy). Entretanto, como o filme abraça suas origens e roteiro original – trazendo muitos toques de modernidade ao seu andamento – ele se torna nostálgico ao público do clássico e interessante para essas novas audiências.

A alegria das três atrizes principais em reviver os papéis emana da tela, e o roteiro é astuto ao brincar com a energia cafona trazida – como ao fazer piada com o fato das bruxas já voltarem à vida cantando para um público inexistente, repetindo e renovando a piada da bruxa voando no aspirador, e mostrando o culto às irmãs como piada recorrente.

A escolha por trazer o grupo de amigas como protagonistas também é acertado, uma vez que elas conseguem equilibrar a magia que é ter o trio original em tela. Com um humor atual que envolve enganar um jovem adolescente usando palavras veganas ou tentar enganar as bruxas com as poções de juventude vendidas na farmácia, é acrescido ao longa o charme da geração Z.

É um mérito da diretora Anne Fletcher conseguir tal harmonia sem perder o foco em criar uma nova história, e suas escolhas estéticas também ajudam a manter o clima do original mesmo que atualizando-o.

Confira também: A Queda – Crítica | Melhor do que a subida?

Foto: Divulgação Disney Plus

Em relação aos efeitos especiais, é claro que há uma atualização em técnicas considerando os 30 anos de inovações na área, mas ainda se utiliza a estética do original, como os feitiços saídos como um raio dos dedos. O mesmo acontece com o visual das personagens originais, que poderia passar por uma modernização menos poluída, mas permanece com seus traços característicos.

Apesar da falta de grandes inovações em forma ou conteúdo, cria-se novos
momentos de diversão. A maior preocupação para quem assiste ao filme é assistir à sua cena pós-créditos, que cria a possibilidade de mais obras na franquia – o que seria um exagero voltado apenas ao mercado, uma vez que a fórmula não conseguiria se repetir muitas vezes sem chegar à exaustão.

Seria ideal manter Abracadabra 2 como uma reunião, ao invés de tentar acrescer vida ao grupo de bruxas que já excede seu tempo de vida, mantendo esse segundo fechamento como algo mais definitivo.

Saiba mais sobre a Carol Ballan clicando aqui.

Abracadabra 2 está disponível no Disney+

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