Acrofobia é o termo usado para designar o medo irracional de altura. Quem sofre desse transtorno costuma entrar em pânico ao ter contato com um lugar muito alto ou assistir alguém nessa posição de risco. Tendo isso em mente, muitas produções buscam provocar essas sensações para produzir um suspense que cause arrepios.
Desde a A Travessia (a cinebiografia de Philippe Petit realizada em 2015), não tínhamos um filme que brincasse tanto com os nossos sentidos, mas este ano a Lionsgate decidiu apostar em A Queda. Um thriller angustiante que chega aos cinemas nesta quinta-feira.
Qual a trama de A Queda?
A produção conta a história de Becky (Grace Fulton), uma aspirante na escalada que após uma perda traumática, decide deixar o hobby de lado e entra numa depressão profunda. Preocupada com a amiga, Hunter (Virginia Gardner), decide propor a Becky um novo desafio: escalar a B67. Uma antena de TV de centenas de metrôs, abandonada e deteriorada pelo tempo, que está a poucos meses de ser demolida.
O que achamos do filme?
A obra de Scott Mann segue uma premissa simples, com um roteiro até previsível, mas nada que estrague o suspense que o filme propõe. Apesar do enredo modesto, A Queda conta com bons efeitos sonoros e cenográficos, que provocam nossos sentidos. Os sons minuciosos da estrutura rangendo, o foco nos parafusos enferrujados e a várias dicas que são dadas ao longo do filme de que tudo dará errado, funcionam em conjunto.
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Somos amedrontados logo nos primeiros minutos do filme, e esse temor não demora a retornar, já que os personagens passam pouquíssimo tempo com os pés no chão. As tramas secundárias que surgem entre as protagonistas são fracas, mas o elo principal, o instinto de sobrevivência, funciona muito bem. Vibramos e nos decepcionamos a cada tentativa de pedido de ajuda de Becky e Hunter.
‘A Queda’ dificilmente nos permite dar um suspiro aliviado, e é, com certeza, uma das melhores propostas do gênero neste ano, e vai te fazer dar bons pulos na poltrona do cinema.