Dirigido pela cineasta Sally El Hosaini, As Nadadoras estreia uma emocionante história na Netflix, baseada em uma história real.
Sally El Hosaini (Babylon), é uma jovem cineasta que conta uma história emocionante e real em As Nadadoras, com roteiro escrito ao lado de Jack Torne.
Acompanhando a trajetória de Yusra e Sarah Mardini, o filme é estrelado pelas francesas Nathalie Issa e Manal Issa. E foi nas Olimpíadas aqui do Rio, em 2016, que suas histórias ganharam destaque, após as duas jovens irmãs fugirem da guerra na Síria, embarcando em uma caminhada angustiante até chegar nos jogos olímpicos aqui do Brasil.
Agora, o filme ganha destaque no catálogo da Netflix. Veja mais detalhes abaixo:
Conheça a história real do filme As Nadadoras na Netflix
Antes da Guerra Civil estourar na Síria, em 2011, Yusra Mardini e Sara Mardini viviam suas vidas no país e, incentivadas pelo seu pai, um ex-nadador, ambas começaram a praticar o esporte e pela qualidade, entraram em competições de destaque por lá. Porém, após a Guerra, foram forçadas a mudarem de região e achar um novo lugar para treinar.
Sem poder e querer desistir, as duas precisaram fugir da Síria e rumaram para a Europa, com o objetivo de continuar no mundo na natação, mesmo sem poder ter a companhia dos pais. Mas com a anuência dos mesmos, elas embarcaram rumo à uma expectativa de vida melhor.
Já na Turquia, em 2015, as irmãs conheceram um contrabandista que organizava fugas de refugiados para o sul da Grécia, numa ilha chamada Lesbos. A ideia era atravessar todo o caminho do Mar Egeu em um pequeno barco, ao lado de 18 pessoas.
Essa embarcação começou a afundar apenas alguns minutos depois do início da viagem. Sara e Yusra, como sabiam nadar, pularam na água para ajudar o grupo de refugiados e incrivelmente conseguiram puxar o barco pelo restante do percurso, durando cerca de quatro horas.
Ao chegar no continente, pouco tempo depois as irmãs conseguiram rumar para Berlim, na Alemanha, onde passaram seis meses em um alojamento ao lado de outros refugiados.
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A vida das irmãs começa a mudar
As Nadadoras Sara e Yusra conheceram então o técnico Sven Spannekrebs, que estava no comando de uma equipe olímpica voltada apenas para refugiados e estava treinando para competir nas Olimpíadas do Rio em 2016.
Spannekrebs se tornou o mentor das irmãs e as ajudaram com toda a família, levando os pais para a Alemanha e dando toda a documentação necessária para viverem legalmente no país.
Por conta de uma lesão no ombro, Sara abandonou a carreira de nadadora em competições de alto nível e se dedica agora ao trabalho em uma ONG na Grécia, voltada apenas para ajudar refugiados do Oriente Médio e da África. Já Yusra se tornou uma das 10 atletas do grupo olímpico que competiram aqui no Rio.
A jovem esteve na prova dos 100 metros livres, 100 metros borboleta e venceu uma bateria com outras atletas.
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Como estão Yusra e Sara do filme As Nadadoras?
Yusra Mardini, após competir na Rio 2016, também esteve mais recentemente nas Olimpíadas de Tóquio, 2021, além de ter sido nomeada a mais jovem Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Shaed, sua irmã mais nova, agora também vive na Alemanha e sonha em seguir os mesmos passos da irmã no mundo da natação.
A irmã Sara, de As Nadadoras, passou por um pouco mais de problemas, precisando retornar à Grécia para ajudar refugiados, mas acabou sendo presa em 2018, ficando três meses em detenção por acusações de espionagem e contrabando.
O processo ainda está em andamento e a ex-nadadora pode ser condenada a 25 anos de prisão. A Anistia Internacional fala em acusações absurdas e falsas, mas o processo ainda corre na justiça grega.