Mais uma vez, após uma votação e um cálculo complexo aqui na redação, separamos os 15 melhores filmes do 2º semestre de 2017. Apesar de estar abaixo da lista do primeiro semestre, muitos filmes mexeram com nosso coração, desde retornos e finais de franquias, filmes nacionais e filmes originais.
Com um certo atraso confessamos – mas antes tarde do que nunca – e sem levar em conta as notas das respectivas críticas, nossa lista de melhores filmes do segundo semestre de 2017 está no ar:
15) Lady Macbeth
Com uma atuação incrível de Florence Pugh que passeia entre a doçura e a loucura, Lady Macbeth é retrato de uma mente egoísta. Com poucos cenários, e por isso exigindo o máximo de seus atores na construção da tensão, é um filme que passou despercebido, mas não deve ser esquecido.
14) Detroit em Rebelião
Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror), volta a fazer um filme imersivo de guerra, focando no lado mais pessoal da questão, e menos no conflito no todo. Detroit em Rebelião tem uns problemas inicias de ritmo e foco, mas quando diz a que veio, não pára mais. Com uma direção com “câmera na mão”, quase documental, e atuações exacerbadas de Algee Smith e Will Poulter.
13) A Guerra dos Sexos
Apesar de ser um retrato fiel de sua época, A Guerra dos Sexos toca em assuntos bastante atuais, que já reverberavam lá nos anos 60. A luta pelo feminismo, a descoberta da sexualidade e o dinheiro como pano de fundo. Jonathan Dayton e Valerie Faris não fazem apenas um filme qualquer de esportes ou biográfico, eles falam de pessoas, além dos personagens. Focam em Bobby Riggs (Steve Carell excelente) e mais ainda em Billie Jean King e na atuação impecável de Emma Stone.
12) Doentes de Amor
Um filme divertido, e praticamente uma biografia de Kumail Nanjiani (Silicon Valley) que protagoniza o filme. Aborda sua carreira como comediante, as diferenças culturais de sua família e um a virada de jogo em um provável relacionamento, que exige maturidade.
11) Extraordinário
O resultado dessa adaptação brilhante é um filme eficiente, agridoce na medida certa e tão necessário que consegue, apesar dos poucos problemas de roteiro, conquistar plateias de todas as idades, cortar o coração de qualquer ser humano com o bullying sofrido pelo protagonista, arrancar soluços que ecoam pelo silêncio da sala de cinema e amarrar tudo com uma mensagem de esperança e autoestima.
10) Dunkirk
– Uma experiência visual e sensorial espetacular que prende o espectador e supera qualquer questionamento ao roteiro simples. Destaque para os efeitos práticos, a edição e a trilha sonora.
9) Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Não é o melhor longa da Marvel ou sequer o melhor do herói, mas Homem-Aranha: De Volta ao Lar também não tem pretensão de ser nada disso. Ele é propositalmente contido e focado em cumprir sua proposta: apresentar o melhor herói da Marvel da forma mais fiel possível ao que fez com que ele chegasse nesse lugar!
8) It – A Coisa
It – A Coisa consegue se sustentar, manter o público interessado por longos 135 minutos e despontar como uma adaptação digna- e nostálgica – de Stephen King. O roteiro é muito consciente e consistente (as sacadas de dividir as linhas temporais e diminuir as explicações mitológicas são ótimas), a direção sabe misturar emoção no meio do terror fantasioso e o elenco constrói uma intimidade que vai tornar o desenvolvimento da segunda parte muito mais fácil.
7) Terra Selvagem
Um suspense poderoso que consegue discutir várias temáticas necessárias e deixar o espectador na ponta da poltrona até os instantes finais. As reviravoltas geram catarses inesperadas, a atuação contida de Jeremy Renner emociona e a discussão que corre em segundo plano, por mais americana que seja, nos leva a reflexões muito bem-vindas.
6) Blade Runner 2049
Uma obra-prima que conseguiu retornar ao universo do filme original com um roteiro sem pressa, uma fotografia que merece ser premiada, personagens incríveis e mais uma direção simplesmente magnífica de Denis Villeneuve.
5) Bingo – O Rei das Manhas
– Mesmo sem entrar no Oscar, o melhor filme brasileiro dos últimos cinco anos não poderia ficar de fora da nossa lista. O final de Bingo é um pouco apressado e problemático, mas não apaga a direção brilhante de Daniel Rezende, a fotografia recheada de ousadia, a edição primorosa e, claro, a atuação apavorante de Vladimir Brichta.
4) Star Wars – Os Últimos Jedi
Com alguns pequenos problemas de ritmo, o Episódio VIII das guerras nas estrelas ganha inúmeros pontos por ser ousado, andar na total contramão do que os fãs esperavam e concluir tudo com momentos de catarse fodásticas. Surpreendente, visualmente impressionante e maravilhoso.
3) Planeta dos Macacos: A Guerra
A conclusão dessa nova trilogia dos macacos é, sem dúvida nenhuma, o melhor blockbuster do ano. Os motivos: uma porção de efeitos especiais cada vez mais avançados, uma direção que sabe alternar entre a grandiosidade e os detalhes e uma conclusão coerente e emotiva para a jornada. Isso tudo sem falar nada de Andy Serkis e sua atuação via captura de movimentos, ok?
2) Em Ritmo de Fuga
A edição certeira, as escolhas musicais que ficam na cabeça e a direção impecável de Edgar Wright são os ingredientes de um dos longas mais divertidos de 2017. Baby Driver passa voando pela tela e arranca um sorriso de satisfação de qualquer espectador.
1) Mãe!
O longa mais questionado de 2017 é o vencedor da nossa lista pelo leque de mensagens que vai dos danos à natureza ao fã obsessivo, pela direção surtada de Aronofsky e pela genialidade (minha opinião) das analogias religiosas. É um filme que fica na cabeça e gera discussão como poucos, apesar de ser um pouquinho de gosto adquirido pelo trabalho do diretor.