A Netflix parece estar aberta a novos horizontes do terror, e “Todos os Meus Amigos Estão Mortos” é a novidade no catálogo.
Ano passado, a locadora vermelha trouxe o terror polonês “Sem Conexão”, um slasher clássico, com personagens estereotipados, que mais parecia um filme B americano.
Este ano, parece que o garimpo foi mais eficiente. Produzido pela Aurum Film (mesma produtora de “Corpus Christi”, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2020), a produção de Jan Belcl conta a história de uma house party que deu muito errado, o famoso rolê insano.
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Foto: Divulgação Netflix
A história de “Todos os Meus Amigos Estão Mortos”
O terror polonês começa com dois detetives de humor peculiar, entrando numa casa e presenciando um massacre. É ano novo, e eles nem imaginam o que aconteceu ali.
Corta para os acontecimentos do dia anterior, com jovens de todas as idades em busca de diversão, como a distraída Anastasia e o namorado Jordan, que sonha em ser rapper. Durante a festa, eles conhecem Gloria, uma mulher de 40 anos que não tem nada a ver com o ambiente, acompanhada por Paweł, muito mais jovem e sempre envergonhado.
Daniel, outro participante da festa, também tem um plano importante: pedir a namorada Angelika em casamento. Todos eles são observados pelo fotógrafo Filip, que luta contra o vício e tem dificuldade para socializar. De repente Marek, o dono da casa, abre a porta para um entregador de pizza neurótico, e Anastasia se afasta para conversar com Filip a sós.
Só que nenhum deles suspeita que isso vai ser o começo de vários acontecimentos estranhos, com um final sangrento e inesperado.


Foto: Divulgação Netflix
O filme é baseado num livro?
Não. Apesar de ter o mesmo título de um livro famoso, “Todos os Meus Amigos Estão Mortos” é uma história totalmente original.
O curioso é que, o livro é uma história infantil de humor ácido, e se assemelha demais com todas as questões do filme. Adultos agindo como crianças numa festa recheada de desdobramentos surpreendentes.
O que achamos de “Todos os Meus Amigos Estão Mortos”?
Apostando na crueza e em quantidades absurdas de sangue, este “terrir” polonês consegue divertir o espectador na maior parte do tempo, devido a uma fluidez de suas narrativas.
Por mais que conte várias histórias, a maioria dos que estão presentes na festa são amigos, portanto a naturalidade com que conversam, brincam e se agridem, é orgânica.
Essa continuidade é refletida na direção de Jan Belcl, com poucos cortes, trazendo uma sensação de urgência. A todo momento ficamos especulando qual será o evento que vai desencadear a carnificina apresentada no início.
Quando ela vem, o gore e o absurdo são da melhor qualidade. É claro que, as coincidências não deixam de existir em “Todos os Meus Amigos Estão Mortos”, mas tudo faz parte de uma linguagem fora da caixa, que mesmo fazendo rir, e tendo momentos sexuais escrachados, possui instantes de reflexão.
Sádico, o longa segue a premissa de sucessos recentes como “A Babá 2” e “Freaky”, novos exemplares do horror e da comédia que dão um novo respiro a esse subgênero tão anárquico.
“Todos os Meus Amigos estão Mortos” está disponível na Netflix
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