O romance LGBTQIA+ de Simplesmente Amor que foi apagado do filme

O romance LGBTQIA+ de Simplesmente Amor que foi apagado do filme

Desde seu lançamento em 2003, Simplesmente Amor se consolidou como um clássico natalino, amado por suas histórias entrelaçadas de amor e perdas. No entanto, uma narrativa comovente – a de um casal de mulheres idosas enfrentando uma doença terminal – foi cortada da versão final do filme, levantando questionamentos sobre diversidade e representatividade.

A subtrama excluída de Simplesmente Amor

A trama excluída apresentava Frances de la Tour como Geraldine, uma mulher com uma doença terminal, e Anne Reid como sua parceira amorosa. O enredo estava conectado à narrativa principal por meio de Karen, interpretada por Emma Thompson, cujo filho frequentava a escola onde a personagem de Reid era diretora.

De acordo com relatos, cenas gravadas mostravam o casal vivendo momentos de afeto e humor, mesmo diante da gravidade da doença. Em uma das cenas, as duas discutiam de forma leve suas preferências culinárias enquanto compartilhavam um momento íntimo. Outras passagens mais dramáticas, como Geraldine tossindo violentamente na cama, destacavam o impacto da doença. A história deveria culminar em uma homenagem emocionante durante o show de Natal da escola, onde Karen reconhecia a perda da diretora.

Corte e reflexão

A decisão de excluir o enredo foi explicada pelo diretor Richard Curtis como uma tentativa de manter o tom “leve e fofo” do filme. Frances de la Tour revelou que Curtis se desculpou pessoalmente pela decisão, destacando que a história lésbica era a única representação LGBTQIA+ no roteiro. “É estranho que tenham cortado… Talvez fosse muito sombria”, comentou a atriz.

Em material bônus do DVD, Curtis admitiu seu arrependimento: “A falta de diversidade me faz sentir desconfortável e um pouco estúpido.” Ele também mencionou os desafios do processo de edição: “Nós pensamos que Simplesmente Amor era um desastre durante meses enquanto tentávamos editá-lo.”

Impacto na representatividade

A exclusão dessa subtrama reforçou críticas de que Simplesmente Amor carece de diversidade em suas histórias. Apesar de seu status como favorito do público, o filme tem enfrentado escrutínio ao longo dos anos por não incluir representações significativas de pessoas LGBTQIA+ ou de diferentes origens culturais.

Embora a narrativa de Geraldine e sua parceira nunca tenha chegado às telas, ela permanece como um lembrete de histórias que poderiam enriquecer ainda mais o filme, oferecendo uma perspectiva mais inclusiva sobre o amor e suas complexidades.


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