Sherlock (3×03 – His Last Vow)

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Outro dia, me perguntaram por que eu estava fazendo criticas de todos os episódios da série. A resposta é simples. Por que Sherlock é GENIAL!!!

Antes de realmente falar do último episódio da 3ª temporada de Sherlock, tenho que esclarecer algumas coisas. Primeiro, tenho que pedir desculpas pelo atraso da critica. Eu estava viajando e só consegui assistir o episódio com mais de uma semana de atraso. Segundo, preciso destrinchar um pouco mais a introdução. Realmente, eu não costumo fazer reviews de séries (é muita série pra pouco tempo) e nem planejo começar a fazer. Só fiz isso com Sherlock por que a série merece.

Esse episódio foi a conexão de toda a temporada, tendo como foco outro grande vilão de Sherlock. Charles Augustus Magnussen já tinha feito uma ponta no primeiro episódio, foi citado no segundo e acabou sendo estabelecido e finalizado nesse ótimo episódio. É incrível como os roteiristas da série conseguem fazer tudo funcionar com brilhantismo.

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Outra coisa que também preciso deixar claro é que está cada vez mais difícil encontrar adjetivos para classificar Sherlock, mas vamos tentar, começando pelo roteiro. Roteiro que foi escrito por Steven Moffat com um cuidado e um brilhantismo únicos, que mostram o quanto a série respeita seu público.

Pra começar, tudo estava conectado (quem conhece Sherlock já esperava por isso…). Do primeiro episódio até o último da temporada. O sequestro de Watson, que pareceu bastante deslocado no primeiro episódio, foi apenas uma vantagem muito bem planejada por Magnussen.

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Mary também teve toda sua história conectada. Lá no início, quando Sherlock “leu” Mary, vimos o surgimento da palavra mentirosa. Isso foi explicado nesse episódio e pasmem. Ela é uma ex-agente da CIA. Tinha tudo pra dar errado, mas dentro de Sherlock tudo sempre dá certo. A construção do background da personagem foi muito boa e ela ganha cada vez mais espaço na série.

O humor também continuou presente, mas perdeu espaço para uma seriedade natural de um final. Tivemos algumas cenas hilárias (como quando Watson descobre o namoro de Sherlock), mas o humor ficou mais restrito a sutileza da relação entre Sherlock e Watson.

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Outra coisa muito inteligente do roteiro foi ampliar a mitologia da série com o uso dos – citados, mas pouco explorados – palácios mentais. E que cena foi aquela do Sherlock tentando sobreviver e recebendo informações de todo mundo. Uma cena visualmente espetacular, que foi coroada com a participação do sempre genial Andrew Scott, como Moriarty.

Puxando o gancho dos palácios, o visual da série continua surpreendendo a cada segundo. Personagens congelados e lixeiras aparecendo no meio de uma cena é pouco para essa série. Uma direção majestosa, acompanhada pela sempre ótima qualidade técnica. Fotografia, edição, trilha sonora e efeitos especiais se encaixam como uma perfeição sublime.

As atuações também merecem ser sempre destacadas. Como sempre, Benedict Cumberbatch e Martin Freeman estão sensacionais. Mas como sempre falamos deles, vamos abrir abrir espaço para os coadjuvantes que nunca decepcionam. Mark Gatiss (criador da série) continua impecável como Mycroft. Amanda Abbington também ganhou muito espaço na série e conseguiu segurar a onda. Em participações menores, também tivemos bons momentos de Rupert Graves, Una Stubbs, Jonathan Aris e Tom Brooke (o ajudante viciado do detetive).

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Mais dentre esses todos, quem merece mais aplausos nesse episódio é Lars Mikkelsen e seu sensacional Magnussen. O personagem, que foi um pouco alterado em relação ao que foi escrito por Conan Doyle, ficou espetacular. Lars criou um vilão à altura de enfrentar Sherlock Holmes, incluido libidinosas lambidas na cara e surpreendentes mijadas na lareira.

Um episódio sensacional e um gancho genial estabelecido no último segundo do 2º tempo. Será que teremos o brilhante Moriarty de volta? O que será que os roteiristas, que já dizem ter planejado histórias para mais duas temporadas, reservaram para os fãs? Será que a angustiante espera de mais dois anos vai ser recompensada? A resposta para a última pergunta é certamente sim, pór que isso é Sherlock.

OBS 1: Sherlock assiste pornô?

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OBS 2: Até Janine era uma conexão entre os episódios. Pasmem de novo.

OBS 3: images (12)

 

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