Pedra no Céu | Resenha do primeiro livro de Isaac Asimov

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Pedra no Céu é o pontapé necessário para Isaac Asimov se tornar o pai da robótica

Livro foi o primeiro escrito por ele e que o consagrou na literatura de ficção científica


  • Título: Pedra no Céu
  • Autor: Isaac Asimov
  • Ano: 1950
  • Edição: 2016
  • Editora: Editora Aleph
  • Páginas: 268
  • Gênero: Ficção científica

“Mas o que era a “Terra”? Qualquer planeta é a “Terra” para aqueles que nele vivem.”

Pedra no Céu foi o primeiro romance escrito pelo aclamado autor de ficção científica, Isaac Asimov, que teve algumas de suas obras adaptadas para filmes como Eu, Robô e Homem Bicentenário, sendo considerado “o pai da robótica”. Fazendo parte do mesmo universo encontrado nas séries Fundação e a Série dos Robôs, obras importantes para o alicerce da ficção científica, o livro é leitura obrigatória para fãs do Bom Doutor.

Pedra no Céu é o primeiro livro de isaac asimov
Foto: Divulgação
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Sobre o livro Pedra no Céu

Em Pedra no Céu, conhecemos Joseph Schwartz, um alfaiate e imigrante europeu de meia idade que vive em Chicago e, num belo dia, é transportado para milhares de anos no futuro. Junto a Schwartz, nós leitores viajamos e, tão confusos quanto ele, tentamos entender o cenário ao nosso redor.

“[…]Está me entendendo?

– Não entendi nenhuma palavra, graças às Estrelas. Se eu tentasse, a absoluta dor que isso causaria ao meu intelecto me faria latir como um cão.”

No futuro, a Terra é um planeta radioativo, com áreas completamente inabitáveis e proibidas. O planeta não é mais o único onde a humanidade vive, mas apenas uma Pedra no Céu na infinidade de mundos que compõe o Império Galáctico. Os habitantes deste império não fazem ideia de onde a humanidade se originou, mistério que leva um arqueólogo, Arvardan, ao planeta Terra para tentar desvendar, bem no dia em que Schwartz é transportado do passado. Ao mesmo tempo, um cientista tenta criar uma máquina para deixar seres humanos mais inteligentes e seu trabalho é secretamente acompanhado de perto por um grupo fanático religioso da Terra.

O que achamos?

Apesar do início confuso até, junto a Schwartz, entender o que está acontecendo e onde estamos, a leitura passa a fluir bem. Apesar de ser uma ficção científica e o Bom Doutor gostar de dar explicações um pouco elaboradas, conseguimos nos encontrar no principal plot de Pedra no Céu.

“Acho que esses terráqueos são patifes e cafajestes, todos eles. Definitivamente são nossos inferiores intelectuais. Eles não têm aquela faísca que espalhou a humanidade por toda a Galáxia. São preguiçosos, supersticiosos, avarentos e não demonstram qualquer sinal de nobreza de alma.”

Em Pedra no Céu, a história se desenvolve rapidamente, apresentando todos os personagens e mostrando a convergência dos seus caminhos, que faz o desenrolar da trama. Plot que lembra um pouco as comédias de Shakespeare, mas escrito numa ficção científica e num contexto de um mundo que acabou de ver as bombas atômicas e não fazia ideia dos efeitos da radiação.

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Foto: Divulgação

Pedra no Céu vale a pena?

Misturando aventura com pontos de comédia, é incrível como Asimov criou a humanidade do futuro. Tanto fisiológica como linguisticamente, ele fez com que a leitura levasse à reflexão da evolução que temos hoje em relação a centenas e até milhares de anos atrás, tanto como espécie quanto culturalmente. Além disso, a forma como os outros cidadãos do Império olham de cima para os terráqueos, traz questões tanto de preconceito racial quanto de preconceito contra imigrantes.

Os pontos em comum com as séries Fundação e dos Robôs são claros, e é interessante para quem já leu essas obras pegar essas referências. Para quem não leu, fica o convite a se surpreender com a leitura, que é uma boa introdução a escrita e obra de Asimov. Por fim, Pedra no Céu é um livro nos faz refletir sobre questões ambientais, políticas, religiosas e sociais, porém ainda divertindo e entretendo o leitor.

“Ficou claro que a intolerância nunca era uma via de mão única, que ódio gerava ódio!”

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