Pixel Show e a economia criativa na indústria

pixel show

 

O Pixel Show já é o maior festival de criatividade da América Latina. Organizado anualmente pela Zupi, desde 2005 o Pixel Show tem participações de criativos das mais diversas áreas relacionadas ao tema, como ilustrações, motion graphics, design gráfico, quadrinhos, 3D, moda e tantos outros.

Em formato de circuito de palestras e estandes, a feira apresenta cases, histórias e ideias das mais variadas, mas sempre com a tendência de inspirar um tema central para o futuro: A Economia Criativa.

 

Mas o que é Economia Criativa?

Segundo definição da British Council, uma instituição pública do Reino Unido que difunde o conhecimento da língua inglesa pelo mundo e estuda afinco a economia criativa, seria:

O desejo de criar coisas que vão além da dimensão pragmática, coisas que são bonitas ou que comunicam um valor cultural através da música, teatro, entretenimento e artes visuais ou, ainda, que comunicam uma posição social através do estilo e da moda.

A economia criativa trata da geração de riqueza a partir de coisas intangíveis, que não são em sua totalidades materiais, como o próprio conhecimento, como bem disse CUNHA em seu artigo.

O avanço da tecnologia é o grande protagonista dessa revolução econômica, pois possibilita difundir a cultura em centros que há pouco tinha quase nada ou zero contato com manifestações culturais. E isso pode ser chamado de criatividade. Achar novas cadeias de consumo usando uma ferramenta até então inexistente para tal.

 

Pixel Show e a economia criativa na indústria 3

 

Locais como o mundo dos games, por exemplo, talvez seja um dos grandes setores responsáveis pelo aumento da economia baseado na criatividade, apresentando um cenário de expansão anual impressionante.

A taxa média de crescimento aqui no Brasil é de 17% segundo um estudo realizado pela PricewaterhouseCooper. Esse mercado consumidor se identifica com o produto e deixa muita grana por lá. Mas tudo isso precisa ter um significado. Uma razão para o público final. E é esse o grande ponto tratado pela economia criativa. Atingir o consumidor pelos seus hábitos de consumo e criar conexões com base nos gostos particulares e um propósito de uso.

E é dentro desse contexto todo que a Pixel Show se encaixa.

 

E o Pixel Show nisso tudo?

Completando 15 anos de existência, o Pixel Show teve mais de 200 horas de programação reunidos em três dias, formando um conjunto de negócios que estimulou fortemente a geração de renda e a criação de empregos, promovendo sempre a diversidade cultural como forma de inclusão no desenvolvimento criativo.

Allan Szacher, head de curadoria do evento, disse o seguinte sobre o foco do Pixel Show durante esses anos:

A criatividade não é mais algo desta ou daquela profissão, é uma habilidade multidisciplinar e multisetorial. A mudança causada pela tecnologia na forma como produzimos exige que tenhamos criatividade, para gerar mais inovação.

Dentro disso, o evento criou alguns setores que debatessem e estimulassem a criatividade.

 

O RH do Pixel Show

Um espaço muito bacana que buscava dar oportunidade de trabalho formal a quem se candidatasse. Os criativos poderiam sentar, conhecer e conversar com recrutadores de empresas que enxergam nesse mercado potenciais profissionais para seus negócios. Era só chegar com um currículo, entrar na fila e bater um papo com as empresas. Durante os dias de evento foi uma dos estandes mais requisitados.

 

espaço makers pixel show

 

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Espaço Makers

Vários artistas amadores e independentes expuseram seus trabalhos em busca de novos negócios. Afinal, sejam de marcas consolidadas ou não, esse espaço funciona de forma muito parecido com o Artist’s Alley da CCXP. Além disso, o acesso aos criadores é muito fácil e trocar ideia com cada um deles, idem. Era muito legal entender a ideia do negócio e o propósito de cada um. Cada marca tinha seu significado e cada arte uma forma de expressão muito singular. Pra quem gosta de networking, é um lugar muito interessante.

 

XR Lounge

Como tecnologia é o cerne da economia criativa, ter uma área com realidade virtual é questão básica. A indústria ainda tenta implantar e difundir esses projetos em larga escala mas ainda falta alguns fatores, como acessibilidade financeira e propostas legais para comprar um óculos desses.  Muita das vezes o preço é indesejável e os games inseridos, bem rasos. Essa soma dificulta tudo mas no XR Lounge do Pixel Show, podíamos ter uma amostra de uma evolução bem significativa nesse tipo de conteúdo. Com gráficos belíssimos, emocionantes e interação com jogos de tiro, dar uma atualizada nesse mercado foi essencial e um passo importantíssimo pra perceber a evolução do VR.

 

Além desses estandes de livre circulação, um dos destaques desse ano foram as salas temáticas e o auditório principal com suas palestras. Criativos renomados internacionalmente passaram por lá para falar sobre mercado, perspectivas de futuro e participaram de vários meet ups para elevar o Brasil a outro patamar em criatividade, tecnologia e cultura, por exemplo.

 

Vale a Pena?

Levando em conta a situação calamitosa das universidades federais brasileiras, um evento de criatividade desse porte é um incremento à nossa própria economia. Em outras palavras, o berço do pensamento acaba sendo as academias e lugares como Pixel Show remontam novas formas do pensar e consumir. Primeiro por estar voltado à criatividade. Segundo por encaixar a economia nesse contexto. Terceiro, e mais importante, inserir grandes players do mercado para discutir tudo isso de forma aberta e bem direta.

O Pixel Show acaba sendo uma busca incessante à criatividade. Sobre tudo para conhecer métodos, processos criativos, experiências e histórias incríveis são fundamentais nisso tudo. Que busca sair do marasmo e pensar novas formas de consumo, inteligentes e sustentáveis, o evento é a pedida perfeita.

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