Odisseia na CCXP – Painel da Warner

Odisseia na CCXP - Painel da Warner 3

Apresentação com gostinho de decepção


Em um domingo com Netflix, Sense8 e Neil Patrick Harris, a Warner Bros tinha a dura missão de abrir o dia, manter os madrugadores acordados e, por que não, superar o show que James Gunn tinha dado em nome da Marvel. A expectativa foi plantada quando os funcionários do evento passaram entregando aqueles pacotinhos que a galera usa pra guardar o celular no ENEM, anunciando que nenhum material poderia ser filmado a partir do início do painel. Algo inédito no evento que atiçou a galera com as possibilidades em relação a materiais exclusivos de Kong, DC Comics e até Bingo – O Rei das Manhãs. Eles até vieram, mas não apresentaram nada demais.

O primeiro foi um trailer inédito e mais completo de Kong: A Ilha da Caveira, seguido pela presença do diretor Jordan Vogt-Roberts (Os Reis do Verão) e sua barba super irada. Ele falou sobre a concepção de uma história completamente diferente para um personagem clássico, as filmagens no Vietnã, as mensagens ambientais e suas inspirações que vieram direto do jogos de video game. Ele é um jogador de longa data e isso pode ter grande influência no longa do gorila gigante.

Odisseia na CCXP - Painel da Warner 4

 

Depois veio a DC para o delírio inicial e posterior decepção da galera. Convenhamos que não poderia ser diferente em uma situação em que eles só apresentaram um trailer já divulgado de Mulher-Maravilha e uma versão reeditada de um vídeo exclusivo que já tinha sido exibido no ano passado. As únicas diferenças estão em novas entrevistas e na inclusão dos logos oficiais dos próximos filmes. Legal, mas nem um pouquinho perto do que Fox, Sony e Marvel fizeram com seus longas de super-herói.

Pra curar essa sensação veio a apresentação de Bingo – O Rei das Manhãs, contando com as presenças do diretor Daniel Rezende (Cidade de Deus) e do ator Vladimir Brichta (segundo texto seguido com ele). Foram perguntas sobre a própria história do Arlindo Barreto, a decisão de “ficcionalizar” todos os personagens para ganhar liberdade e as participações de vários jornalistas e youtubers – incluindo o Érico Borgo do Omelete – como figurantes em uma cena. Além disso, liberaram o trailer oficial alguns dias antes de soltarem na internet. Não era exatamente o que o público queria, mas ganharam ponto no quesito material exclusivo.

E, para terminar, ainda veio um painel da Warner sobre os 75 anos da Mulher-Maravilha com dois mestres do quadrinhos: Brian Azzarello e Yanick Paquette. Tinha muito potencial, mas a mediação comandada por Marcelo Hessel foi lenta e recheada por questionamentos que não fugiam do senso comum, incluindo a clássica e idiota “gostou de Batman vs. Superman?”. Sem meias palavras, foi uma péssima forma de encerrar um painel que já tinha decepcionado após não cumprir o prometido e jogar as expectativas do público no lixo. Uma pena, mas a Marvel terminou essa edição muito na frente.

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