O Montagem Paralela dessa semana é um episódio sobre cinema, produção de conteúdo e crítica em diversas mídias
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Produzir conteúdo sobre cinema não é nada simples. E com a crítica não é diferente.
Mesmo sem contar com uma faculdade específica, o trabalho é complexo. Não dá pra negar: construir um ideia em torno de algo que você acabou de assistir exige algumas doses de estudo, pesquisa e atenção.
Da mesma forma, também é válido ter uma bagagem composta por livros e produções de diversos estilos, países e épocas. Não existe recorte, porque o cinema está totalmente conectado.
Kurosawa influenciou Star Wars e outros faroestes modernos para depois ser influenciado pelo trabalho feito por nomes como Sergio Leone. Tarantino (o mesmo que muita gente ama) se inspira em todas as fases do cinema. Se bobear, dá pra achar referências até mesmo a tão cabeçuda Nouvelle Vague nas obras mais populares da atualidade.
Essas são alguns detalhes que se tornam ferramentas quando você tenta analisar um filme. Ferramentas que ajudam a entender as engrenagens de uma produção, organizar os argumentos e, acima de tudo, responder inquietações como “porque esse filme me incomodou tanto?”.
E é sobre essas ferramentas que compõem a crítica cinematográfica que nós vamos conversar no Montagem Paralela 008. Tudo conduzido por uma conversa com Rafael Braz, o crítico de cinema do jornal capixaba A Gazeta.
Um papo divertido que fala sobre carreira, cinema e produção de conteúdo para diversas mídias. Mas não para por aí… Na pauta ainda estão experiências em cabines, entrevistas, polêmicas, filmes ruins e até Larissa Manoela.
Então não perca tempo: fique em casa (se puder, é claro), aperte o play e participe dessa incrível conversa sobre cinema.
OBS 1: O tema mudou, mas a Cinemateca Brasileira continua passando dificuldades. Por isso manteremos o link do crowdfunding emergencial organizado pelos funcionários. Abra, leia e ajude com alguma doação ou divulgação.
OBS 2: A entrevista com o Rafael Braz foi gravada via Zoom. Ou seja, não quebramos nenhuma regra da quarentena.
OBS 3: Quer falar mais sobre crítica ou cinema? Quer participar dos podcasts com ideias e perguntas? Procure aodisseia.com no Telegram ou clique aqui, e converse com a gente!
Quem participou desse cast:
Flávio Pizzol | Instagram: @f.pizzol | Twitter: @pizzolguto
Rafael Braz | Instagram: .@rafabraz | Twitter: .@rafabraz
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Conteúdos relacionados de Rafael Braz:
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– Crítica de Cursed
– Entrevista com Frank Miller
– Crítica de Hanna
– Crítica do incrível Sombras da Vida
– Texto sobre a polêmica de E o Vento Levou…
– Texto sobre o cinema do diretor Alan Parker
Outros conteúdos citados (ou não) durante o Montagem Paralela #7:
– Meu perfil no Letterboxd com textos sobre todos os filmes que assisto
– Ótimo texto do Diego Quaglia sobre a polêmica de E o Vento Levou…
– Vídeo sobre a premiação de E o Vento Levou… no Oscar
Versões completas das frases citadas durante o podcast
“É importante, sobretudo, proporcionar ao leitor a compreensão de que todos os filmes merecem ser analisados e que os “velhos filmes” ou os filmes chamados “de arte” não são os únicos candidatos possíveis a esse exercício [analise fílmica ou crítica]. Em termos de leitura, tudo convém. Qualquer que seja o filme, mesmo aquele que o mundo todo concorda em qualificar como ‘droga’, pode ser objeto de estudo.” – (JULLIER; MARIE, 2009, p. 17)
“Em primeiro lugar, a gente tem que entender que cinema e vídeo e televisão são meios de mesma natureza; são meios que trabalham com imagens em movimento sincronizadas com o som. Eu costumo chamar a isso tudo de cinema. Porque cinema, etimologicamente, é a arte da imagem em movimento. Então televisão pra mim é cinema, vídeo pra mim é cinema e até multimídia, a meu ver, é cinema. Assim se tudo é cinema, a gente poderia falar de diferenciações de formato, diferenciações de tecnologia, não exatamente de linguagem.
Tanto aquilo que chamamos de cinema influencia a tevê, quanto aquilo que chamamos de tevê influencia o cinema stricto sensu. Eu tenho mais interesse em mostrar o contrário, porque a influência do cinema na televisão é quase natural. Todo meio novo absorve o meio anterior. A televisão, evidentemente, incorpora grande parte das conquistas da linguagem dos meios anteriores, que são o rádio e o cinema. O que é pouco estudado é o contrário, como é que a televisão influencia o cinema.
A Nouvelle Vague, por exemplo, é o cinema extremamente influenciado pela televisão pela televisão no seu tempo. O modo como os atores se apresentava, a descontração com que os filmes eram feitos, certa leveza no modo de filmar. Tudo isso vinha da televisão. Até hoje, estudou-se muito pouco a relação entre o cinema e a televisão francesa, na época da Nouvelle Vague. Um filme como ‘A Chinesa’, de Godard, por exemplo, é um programa de televisão, um programa de debate na verdade. É um filme claramente influenciado pela linguagem da televisão.
Acho que se a gente for pensar, a televisão exerceu uma influência bastante grande no cinema contemporâneo, que tem a cara que tem hoje por causa do diálogo com a televisão e porque grande parte de seus realizadores nasceu com a televisão e se criou com a cultura da televisão.” – (MACHADO, 2002, apud COVALESKI, 2015, p. 105)
Trilha sonora original criada por Vitor Glopes:
Instagram: @prodvt | Twitter: @vtbeatz | Spotify
Confira “Try“, o incrível novo EP dele, nesse link.
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