Organizar uma feira ou exposição não deve ser fácil, principalmente quando é sobre um assunto tão nichado quanto o terror. O primeiro dia da Horror Expo 2019 mostrou isso, tanto em público, como em organização. É compreensível que a primeira edição de um evento no Brasil não seja as mil maravilhas. A CCXP por exemplo teve inúmeros problemas e a Brasil Game Show também, mas ambas tinham algo em comum: não havia referências de eventos no Brasil para se inspirarem e foram aprendendo com o tempo.
No caso da Horror, tanto a CCXP, como a BGS são e devem ser suas referências. Não sejamos hipócritas também, já que os dois eventos citados ainda tem problemas até hoje, mas se a primeira impressão é a que fica, a feira de terror começou mal, no mau sentido da palavra:
O Público
O título deste texto não seria esse, se o ar condicionado da Horror Expo estivesse funcionando perfeitamente. O Brasil atualmente está numa transição entre a primavera e o verão, e em São Paulo onde o evento acontece, a temperatura passa dos 30 graus. Sendo assim, é humanamente impossível andar pela feira e curtir as ativações e shows num calor insuportável.
Falando em público, aliás, ele foi o elemento que faltou na exposição, pelo menos neste primeiro dia. Fato que é até compreensível por ser sexta-feira, mas já esperado devido ao alto valor do ingresso.
Informações e Sinalização
Para que o primeiro item tenha uma experiência completa, ele precisa estar informado. Neste primeiro dia, apesar do tamanho bem pequeno, o próprio visitante tinha que explorar todos os lugares minunciosamente. A feira não disponibilizou um mapa ou lista dos expositores. Além disso, não havia voluntários ou funcionários para ajudar a guiar as pessoas.
A falta de sinalização indicando os lugares de saída, praça de alimentação e banheiros também é um problema.
Atrações (ou a ausência delas)
A Horror Expo 2019 divulgou a programação completa de suas atrações durante estes três dias de evento, aonde até selecionamos os destaques. Mas boa parte dela não foi cumprida. O show do grupo feminino de k-pop High School não aconteceu, porque ainda estavam montando o palco.
O painel com o diretor, roteirista e produtor Mick Garris, que aconteceria às 16h no Palco Horror, foi movido para as 18h sem aviso prévio. Além disso, o Horror Talks, local de debates do evento, contou com várias atrações que quase não tiveram plateia, e no Cinema Horror, alguns painéis começaram atrasados.
Enfim, esperamos que o evento melhore com o decorre dos dias e não seja tão orgulhoso quanto seu público, que citaremos em outro texto. Aliás, a feira também teve bons momentos, que serão avaliados em breve.
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