Flow – Crítica | O ciclo da vida contado da forma mais direta possível

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Foto: Divulgação Mares Filmes

No Flow, por onde o gato passa alagou, de animais o barco lotou…🎵


Texto escrito por Victor Martins do Assim Falou Victor

Nesta quinta-feira, dia 20 de fevereiro, o premiado longa-metragem de animação FLOW (Flow), indicado ao Oscar 2025 nas categorias de melhor animação e melhor filme estrangeiro, chegou em mais de 350 cinemas brasileiros, com distribuição da Mares Filmes Alpha Filmes.

Qual a história de Flow?

Após uma enchente, um gato solitário se vê em um barco com vários animais de espécies diferentes. Eles precisam sobreviver juntos e se adaptar a um mundo transformado.

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O que achamos de Flow?

Uma das coisas que mais chama atenção no filme dirigido por Gints Zilbalodis é a presença constante de reflexos. O gato, protagonista da obra, vê a sua própria imagem de três formas: nas estátuas de gatos por toda a floresta, no espelho e na água.

Claramente aquela floresta em algum momento fez parte de alguma civilização já extinta que venerava gatos e por todas as épocas, sociedades, civilizações, pessoas tinham animais como divindades por toda a história e neles colocavam suas próprias expectativas e reflexos.

Nada mais justo que aqui, o gato coloque suas expectativas e esperanças de sobrevivência junto ao seu próprio reflexo e se una com outros animais, que estão fazendo o mesmo processo. Animais diferentes, de espécies diferentes, que se alimentam de formas diferentes e de origens diferentes tentando sobreviver ao mesmo tempo em que tentam se descobrir como seres vivos.

O sentimento de comunidade em Flow é muito bonito, assim como no filme e nos reflexos já citados, as sociedades passadas ao longo da história foram criadas e destruídas através de pessoas com origens diferentes. Os sobreviventes se uniram e viviam, de uma forma ou de outra.

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Tudo na vida é um ciclo. Tanto na selva, quando vemos os animais brigando por alimento e até mesmo entre si por algum motivo, quanto no tempo. Pensamos que não mudamos por estarmos imersos em nossas rotinas, mas mudamos todos os dias.

Por isso os reflexos são tão importantes. Se eles no filme, animais, buscam a si mesmos e ao outro, se entendendo, nós, pessoas fazemos o mesmo. Talvez por isso Flow seja tão emocionante. Não estamos vendo os animais em um barco tentando sobreviver, mas estamos vendo a nós mesmos, o nosso reflexo dentro daquela história.

A animação de Zilbalodis é muito bonita e muito próxima de nós, ou ao menos deveria ser, pois também somos pessoas diferentes, de origens diferentes, tentando sobreviver ao fluxo da vida. 

E talvez, devemos pensar em ser verdadeiros com nós mesmos para que possamos ser verdadeiros com o outro e aí sim, podemos começar a pensar em sobreviver juntos, assim como o protagonista desse lindo filme fez.


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