The Last Man on Earth

lastmanonearth_poster_wholeTenho que admitir que eu estava com a expectativa muito alta para essa série, porque eu ri muito com o trailer que a Fox divulgou há, mais ou menos, um ano. E agora eu tenho que admitir que The Last Man on Earth é muito melhor do que eu esperava, mesmo não usando quase nenhuma das cenas daquele vídeo que me deixou louco.

Como o próprio nome indica, a série conta a história de Phil Miller, o único homem que sobreviveu a um vírus que devastou a Terra – ou, pelo menos, a América do Norte. Depois de viajar, com seu super-ônibus, por todo o continente procurando outros sobreviventes e recolhendo todo tipo de quinquilharia relacionado ao mundo onde um dia vivemos, Phil desiste de tudo e passa a viver com seu amigos imaginários em Tucson até o inesperado acontecer.

Agora tenho que explicar o porque dessa série ter dois episódios de estréia muito melhores do que eu esperava. Pra começar, o roteiro é cativante e direto, ou seja, sem enrolar o espectador em nenhum minuto, tudo ali funciona para que você se importe com o protagonista, que a princípio está realmente sozinho. Com uma direção pontual de Phil Lord e Chris Miller (Anjos da Lei 2) e um roteiro genial e repleto de boas referências pós-apocalípticas, escrito pelo protagonista Will Forte, o primeiro episódio é redondinho, engraçado e até emocionante.

Boa parte disso, além do roteiro e da direção, é de total responsabilidade de Will Forte. Ele tem um personagem complexo em mãos e o desenvolve de maneira mais do que perfeita. A maior dificuldade da série é ter apenas um protagonista e Will deixa claro que isso pode dar certo, fazendo com que o público ria das situações absurdas criadas por Phil e também sinta uma espécie de pena pelo personagem.

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Mas é claro que ter só Will no elenco tornaria a dinâmica da série, mesmo que isso tenha sido resolvido com suas sensacionais conversas com Deus e com as bolas nos primeiros 20 minutos. Entretanto, sem querer dar algum grande spoiler, era óbvio que algum outro personagem teria que aparecer para agitar as coisas.

E pra quem achou que poderia ter um pouquinho mais do Phil solitário e louco que criou alguns tipos inovadores de piscinas, eu tive que dar o braço a torcer, porque a química entre Will e Kristen Schaal é realmente muito boa e a relação vem para renovar o fôlego do episódio. A questão é que isso abre o leque da série, já que agora temos dois ótimos comediantes que funcionam tanto juntos, quanto separados.

Além de um elenco maravilhoso, uma comédia visual característica de Phil Lord e Chris Miller e um roteiro sensacional, a série ainda consegue surpreender com sua fotografia, trilha sonora e direção de arte, já que todos esses ganham algum destaque na representação desse mundo. A fotografia dita o clima desolado, poeirento e solitário de Tucson, a trilha dá um ritmo próprio e interessante ao episódio e a arte usa elementos inimagináveis para representar a vida de Phil, como seus vários quadros famosos, revistas pornôs, Oscars e esqueletos de dinossauros.

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Eu realmente me surpreendi muito com esse início de The Last Man on Earth e recomendo que vocês não deixem de assistir a série, mas ainda é cedo para afirmar que a dinâmica vai continuar funcionando e que a série será realmente espetacular. Ainda assim, não acredito que alguém irá se arrepender de ver esses episódios iniciais.


OBS 1: O IMDB ainda contabiliza a entrada de outros atores no decorrer da temporada, que deve ter 10 episódios. Então, vamos esperar para ver o que acontece.

OBS 2: Gostei demais das referências utilizadas nesses episódios, que vão desde frases populares até filmes, como Náufrago, Eu Sou a Lenda e Caça-Fantasmas.

OBS 3: Sim, Phil Miller tem mais Oscars que o Leonardo DiCaprio!!

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