As aventuras do “bando de lobos” começou em 2009 com um filme genial. A maneira como a história é contada, os personagens carismáticos, piadas politicamente incorretas e situações improváveis envolviam o público. A história que envolvia Mike Tyson, prostitutas, mafiosos, um bebê e um tigre rendeu quase meio milhão de dólares.
Em 2011, foi lançada a continuação do filme. O filme fez a platéia rir tanto quanto no original, mas o humor mais apelativo rendeu algumas criticas negativas para o filme. A falta de criatividade também prejudicou a continuação. O roteiro da Parte II foi estruturado de maneira extremamente igual ao roteiro do primeiro, sendo quase um “deja vú” do original.
E as ressacas chegam ao fim nesta terceira parte com uma história diferente que não envolve um casamento. Essa mudança me atraiu para os cinemas, onde assisti um filme mais maduro e menos engraçado que os seus antecessores.
Dessa vez o que une o Wolf Pack é uma reunião de intervenção que tem Alan como alvo, já que este parou de tomar seus remédios e está mais surtado do que nunca. Então o grupo se reúne para levar Alan para uma clinica no Arizona, mas o passado volta para assombrar o grupo.
A primeira parte do filme, que vai até a intervenção, é genial. A fuga da prisão em Bangcoc é muita bem filmada, além de ter uma ótima referência ao clássico “Um Sonho de Liberdade”. E a cena da girafa, que estava presente em todos os trailers, traz de volta o humor negro, improvável e totalmente incorreto, que era a melhor coisa do primeiro filme, mas não foi bem utilizado no segundo.
A partir da segunda parte, o filme deixa de lado o estilo usado nos dois primeiros e se torna um “filme de assalto”. Um personagem citado no original, Marshall (interpretado pelo ótimo John Goodman), aparece querendo que o grupo encontre Mr.Chow e sequestra Doug como garantia. A missão leva o grupo para Tijuana e depois para Vegas, onde tudo começou.
A falta de uma ressaca muda bastante o humor do filme, que é menos engraçado. Sem as drogas, Phil e Stu não passam por situações tão surreais, deixando as cenas mais engraçadas para Chow e Alan, que já são idiotas por natureza. E os dois tomam conta do filme… Todas as cenas engraçadas passam por Zach Galifianakis e Ken Jeong. Infelizmente são poucas as cenas que realmente arrancam risadas da platéia.
Os dois atores são os destaques em um elenco pouco inspirado. Bradley Cooper e Ed Helms não tem grande destaque no filme e parecem estar fazendo o filme só por fazer. Justin Bartha quase não fala e fica desaparecido durante boa parte do filme. John Goodman e Melissa McCarthy são os únicos coadjuvantes que conseguem ter algum destaque.
Galifianakis ainda tem uma história paralela que gia em torno de um certo amadurecimento do Alan. O romance com a personagem de Melissa e a ligação com Carlos ajudam nessa “passagem” do personagem.
Com um humor menos afiado e mais maduro (as cenas baseadas em um humor físico são quase inexistentes), Se Beber, Não Case: Parte III é salvo por Chow e Alan. O filme não tem mais aquele frescor de novidade e acaba sendo o pior dos três. Ainda assim, merece ser assistido por pura diversão. O fim podia ser mais épico.
OBS 1: O filme tem uma cena pós créditos que é a cena mais engraçada do filme. Essa cena traz de volta o humor do primeiro filme de uma maneira primorosa.
OBS 2: Ed Helms paga peitinho.
OBS 3: Mr. Chow voando de para-quedas porVegas e cantando “I Belive I Can Fly” é totalmente surreal. Chow é o personagem mais surreal do cinema.
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