Medo Profundo 2 é o amadorismo latente
Quando um filme se assume trash e não se leva a sério, ele ganha uma margem de erro muito maior, pois entende-se que ser ruim ou até divertido, faz parte de sua proposta.
Mas quando se leva a sério demais, se torno algo vergonhoso e extremamente problemático como este “Medo Profundo 2: O Segundo Ataque”, que tem um predecessor abaixo da média, mas contava com efeitos melhores e uma trama que até fazia sentido.
No “terror” acompanhamos as meia-irmãs Mia (Sophie Nélisse) e Sasha (Corinne Foxx), que não se dão bem e odeiam a mudança que os pais fizeram para o México (o clássico clichê adolescente).
O pai (John Corbett), que trabalha como explorador de cavernas aquáticas, decide que ambas precisam ir a um passeio para ver tubarões, mas as meninas sofrem um pequeno desvio quando se unem as amigas Alexa (Brianne Tju) e Nicole (Sistine Stallone, a filha de Sylvester Stallone), para ir até essas cavernas, encontrando tubarões brancos cegos feitos de um CGI horroroso, que mudam de tamanho a cada corte de uma falha edição.
A produção de Johannes Roberts é pavorosa em todos os sentidos, trazendo conflitos que logo em seguida não serão usadas na trama.
Não há peso pelo que acontece, nem apego aos personagens, é um grande nada. O texto escrito em parceria com Ernest Riera, insere e tira pessoas sem cerimônia, não explicando de onde eles vêem e pra onde vão.
A todo momento o filme ousa duvidar da inteligência do espectador, que não precisa ser o mais atento para perceber que nada se encaixa.
Um festival de atuações horríveis, efeitos bizarros e comédia involuntária. Além disso, a obra tem uma direção incompetente, não fazendo com que o espectador entenda o que se passa em tela e nas cavernas submersas.
Jumpscares óbvios, saídas mirabolantes e um visual preguiçoso, tornam “Medo Profundo: O Segundo Ataque” um filme de tubarões cegos feitos no Movie Maker.