Esqueça o bom filme de ação de Antonie Fuqua, Invasão a Casa Branca (2013), o mesmo não voltou para a continuação porque não gostou do roteiro de Katrin Benedikt e Creighton Rothenberger. Decisão sábia do diretor, pois o roteiro é a pior coisa de “Invasão a Londres”.
O filme tem a necessidade de cortar climas de tensão e fazer rir, sendo que o público só deve esboçar sorrisos em no máximo duas piadas, e também deseja concorrer ao Framboesa de Ouro em piores diálogos do mundo (se tal prêmio existisse).
Qual a história de Invasão a Londres?
Três anos após o primeiro filme, Mike Banning (Gerard Butler) ainda é o chefe de segurança do presidente dos EUA Benjamin Asher (Aaron Eckhart), mas com o desejo forte de parar, já que sua companheira Leah Banning (Radha Mitchell) está grávida. Isso acaba não acontecendo pois o primeiro-ministro britânico morre, e seu velório pretende reunir os maiores líderes mundiais e cabe a Mike proteger o presidente em tal viagem.
Sobre o filme…
A cena de apresentação de cada líder é desnecessária e esteriotipada ao extremo, me peguei várias vezes na sessão com cara de “qual a necessidade disso?” É claro que tal reunião chamaria a atenção de terroristas, que são apresentados logo no início da produção, tirando todo o clímax de uma possível revelação que ocorreu no longa anterior, até o clímax do tal “oficial infiltrado” é brochante nesta produção. Após o ataque, o presidente dos EUA (pasmem) é o único que consegue escapar com seu fiel escudeiro.
Mike vestiu a pele do brucutu no longa anterior e parece mais destemido nesse, confiança em excesso acaba tirando toda a humanidade do personagem que parece um super ser de terno e gravata. Em nenhum momento você sente que ele está em perigo. As cenas de ação corpo a corpo são muito bem filmadas (há um plano sequência incrível em uma cena de resgate), mas em compensação os efeitos em cgi são sofríveis. A destruição dos pontos turísticos de Londres remete ao filme anterior, mas não chegam nem perto de ser verossímeis.
Invasão a Londres traz uma discussão sobre ataques com mortes de civis e consequentemente o uso de drones do exercícito dos EUA, mas tudo isso acaba se perdendo em meio as mesmas atitudes tomadas. Morgan Freeman, Angela Bassett, Robert Forster, Jackie Earle Haley e Melissa Leo, atores excelentes reduzidos a papéis ridículos com frases de efeito de dar pena.
Invasão a Londres pode se vender como um filme despretensioso, que quer chegar de mansinho e conquistar sua audiência, pois possui uma e a mesma deve ser respeitada, mas acaba se perdendo pela falta de emoção e apego aos personagens.