Livremente baseado em um dos episódios mais brutais da história recente do Rio de Janeiro, o filme Mão na Cabeça chega às plataformas digitais no próximo 1º de julho, com distribuição da Iconic Films. O longa estará disponível no Amazon Prime Video, Apple TV e YouTube Filmes, e promete reacender o debate sobre violência policial e o surgimento das milícias no Brasil.
Dirigido por Milton Alencar Jr., o drama tem roteiro assinado por José Loureiro (de Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia) e é produzido por Felipe Brêtas, também curador da distribuidora boutique Iconic Films. A história é contada em forma de memórias fragmentadas, que se unem aos poucos para revelar a tragédia que marcou o país nos anos 1990.
Trama de Mão na Cabeça é inspirada em fatos reais
No elenco, nomes consagrados do audiovisual brasileiro como Roberto Bomtempo, Milhem Cortaz, André Gonçalves e Bárbara Reis dividem a cena com Prisma da Matta, que vive a protagonista Clarissa, uma enfermeira sobrevivente da chacina de Vigário Geral. Ela conhece Leonardo (papel ainda não revelado), um homem baleado e internado no hospital onde trabalha. Da conexão entre os dois surge uma possibilidade improvável de amor, em meio ao trauma coletivo.
A Chacina de Vigário Geral, ocorrida em 1993, vitimou 21 moradores da comunidade da zona norte do Rio. O episódio teve ampla cobertura da mídia e expôs ao mundo a atuação violenta e descontrolada de grupos de extermínio ligados a forças de segurança do Estado. Segundo Felipe Brêtas, Mão na Cabeça não apenas rememora o passado, como traça um paralelo direto com o crescimento das milícias no Brasil, hoje infiltradas no poder público e nas estruturas sociais de diversas comunidades.
“É um filme necessário. Trata do surgimento das milícias no Rio de Janeiro, que de lá pra cá cresceram consideravelmente […] ditando as regras em áreas sob seu controle: transporte, internet, gás, segurança privada e até o voto”, afirma o produtor.
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