CCXP 2018: Uma gigante chamada Sony

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Sábado é o dia separado estrategicamente para a Marvel roubar todas as atenções (como já fez em outros anos), mas 2018 pode ter ficado marcado como um ano atípico na história da CCXP. É possível que esse seja o ano em que a Sony bateu a Casa das Ideias, ignorando até mesmo a presença de grandes astros como Brie Larson e Sebastian Stan em campo.

E você pode pensar que eu estou falando isso porque não consegui entrar graças às pulseiras entregues erroneamente e “esgotadas” antes das seis da manhã, porém essa é a opinião geral de qualquer ser humano que não saiu após a exibição de uma cena exclusiva de Capitã Marvel e fica fácil entender o motivo quando se descobre as surpresas do paineil da Sony, um dos painéis mais insanos da história do evento.

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E tudo começou com o pé na porto logo de cara quando mostraram um vídeo de zueira com Chris Hemsworth e Tessa Thompson, trouxeram a segunda de surpresa e ainda fecharam com um trailer exclusivo de MIB Internacional, novo longa da franquia que deve funcionar como uma continuação cujo objetivo é expandir o universo dos Homens de Preto. Tessa Thompson roubou as atenções com muito carisma, piadas e até elogios a beleza dos brasileiros, enquanto o trailer compilou cenas de ação e humor que parecem manter com tranquilidade o espírito dos longas originais com Will Smith e Tommy Lee Jones.

O segundo material do dia da Sony foi o lançamento mundial do primeiro trailer de Brightburn, um terror com super-heróis produzido por James Gunn (que foi ovacionado outra vez pelo auditório, independente das tretas do passado). O vídeo revela um longa que deve ser uma espécie de paródia séria da origem do Superman, mas imaginando o que aconteceria se esse garoto não se adequasse ao mundo e a sua família, usando então seus poderes para fazer o mal. Uma ideia totalmente cartunesca, voltada para a onda dos “e se…”, que pode funcionar.

A terceira parte do painel trouxe o diretor Adam Robitel ara fazer sobre no terror Escape Room, uma mistura de Jogos Mortais com games de puzzle que tem muito potencial. Ele falou sobre a criação minuciosa de cada sala, de como elas são basicamente personagens da história e que o foco do longa está mais na tensão do que no sangue pelo sangue. Depois, apresentou os cinco primeiros minutos do longa (que é justamente um personagem tentando escapar de uma dessas salas enquanto as paredes fecham) e comprovou isso. Bom material da Sony.

Sua saída abriu espaço para o retorno, em vídeo, de Phil Lord e Chris Miller ao evento. Eles falaram sobre o pão com mortadela do Marcado Municipal, disseram que a alegria do povo brasileiro em sua primeira visita merecia ser recompensada com algo grande e exibiram nada mais do que trinta minutos corridos de Homem-Aranha no Aranhaverso e mais uma cena sensacional em que Miles conhece outros três Homens-Aranha de dimensões diferentes.

E o resultado, pelo que vimos no primeiro ato, é um filme colorido, ágil, engraçado (mesma pegada dos outros filmes dos diretores) e cheio de cenas de ação que usam vários vilões. Tem seus momentos de emoção também, mas concentra as atenções iniciais em criar a origem de Miles Morales, justificar o visual totalmente cartunesco e brincar com referências que vão de Stan Lee a Tia May espiã.

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Pra terminar, o mediador, Érico Borgo, sugeriu que o painel tinha sido concluído ali só pra ouvir os gritos ensandecidos de um platéia que já tinha visto fotos de Tom Holland andando em São Paulo. Ainda assim, o momento muito bem montado permitiu que a última parte do show tivesse suas boas surpresas. O primeiro nome a entrar no palco foi Jacob Batalon – uma verdadeira surpresa – e ele, como amigo de Peter e Tom, foi o responsável por atender a ligação do outro e convidá-lo ao palco para o delírio da galera que respondeu com gritos e até algumas lágrimas (eu).

Eles foram extremamente simpáticos, responderam todas as perguntas e fizeram várias piadas, culminando na exibição de um trailer exclusivo que terminou de ser editado no dia anterior e chegou até mesmo sem legenda. Um vídeo interessante que inclui a viagem do protagonista para a Europa ao lado dos amigos, uma participação considerável de Nick Fury, monstros ligados à natureza e apresentação do Mysterio, interpretado por Jake Gyllenhaal. E esse foi justamente o gancho usado para que o ator entrasse no palco com fumaça verde e toda a pompa que merece.

Nenhum deles revelou muita coisa (nem mesmo quando a platéia gritou “spoiler” para o Tom), mas algumas declarações curiosas podem ser separadas. A principal delas é que o Mysterio seria um herói convocado por Fury para ajudar o Homem-Aranha, parecendo adaptar com certa fidelidade algumas aparições do personagem nos quadrinhos.

Se – ou quando – ele vai trocar para o lado vilanesco da brincadeira é que ode ser a grande reviravolta da história… Fica aí o questionamento no meio desse painel construído totalmente na surdina que balanceou meu coração de fã e fez valer as dez horas de espera na fila. Em outras palavras: uma das melhores (talvez a melhor) apresentações da história da CCXP foi da Sony.

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