Novo reality show da Netflix, “Brincando com Fogo” reúne pessoas bonitas, burras, e cheias de tesão
Nesta quarentena, somos basicamente os participantes deste reality show, que consiste em não fazer sexo ou sequer ter contato físico com outra pessoa. A diferença é que diferente de uma pandemia global, e de estarem em casa, estes 10 jovens, homens e mulheres com corpos exuberantes, estão numa ilha paradisíaca concorrendo a um prêmio de 100 mil dólares.
Contextualizando, “Brincando com Fogo” une pessoas de diferentes partes do mundo, que não possuem nenhuma riqueza além de seus egos e falocentrismo. Eles adoram seus seios, pênis, músculos, rostos, sobrando muito pouco para a imaginação ou mistério.
As conexões sexuais e carnais são imediatas, mas 12 horas depois, uma assistente virtual chamada Lana impõe regras difíceis de seguir. Os participantes não podem se beijar, ter afagos, relações sexuais e nem se masturbar durante o período do retiro. Para incentiva-los, um prêmio de U$ 100 mil é oferecido, que será diminuído, a medida em que eles quebrarem as regras.
A Dinâmica
Narrado por Desiree Burch e produzido pela produtora britânica Fremantle Talkback, “Brincando com Fogo” praticamente realiza um experimento, já que nenhum dos jovens selecionados tem o costume de ter relacionamentos sérios. O objetivo principal é justamente criar conexões genuínas entre os possíveis casais, além é claro de gerar entretenimento, já que muitos deles quebram as regras.
As Oficinas
Afim de trazer mais dinamismo e interação, “Brincando com Fogo” oferece inúmeras oficinas ao participantes, sejam aquelas exaltando o empoderamento feminino, ou desconstruindo a masculinidade tóxica. Mesmo com alguns conceitos um pouco bizarros, os participantes se entregam e até evoluem, deixando o reality menos fútil.
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Os Participantes
Personagens principais desta empreitada, os participantes de “Brincando com Fogo” são maravilhosos (ou pelo menos quase todos). Cada absurdo que sai de suas bocas beira à vergonha alheia, e as interações e cantadas entre eles parecem sair de um filme de comédia besteirol nível “American Pie”.
É claro que tudo não deixa de ser divertido. Com alguns, o ranço é imediato (Harry e Kori estou falando de vocês), outros são tão irritantes quanto interessantes (Francesca e Matthew “Jesus”), e uma galera merece nossa atenção por vacilarem pouco e terem um estilo jogador(a) (Chloe, David e Kelz <3).
Afinal, eles conseguem?
Dependendo do que você esteja pensando, sim. Alguns participantes conseguem criar laços com outros, mesmo com o espectador não sabendo se eles permaneceram juntos após o reality. “Brincando com Fogo” começa zuando suas cobaias, os colocando em situações constrangedoras com uma inteligência artificial sarcástica, ao mesmo tempo em que deseja que elas aprendam.
É como uma mãe ensinando crianças (velhas) a se valorizarem e serem menos superficiais. É tosco, mas gostoso de assistir.
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