A Marca do Demônio é um filme de terror “C”

a marca do demônio

Presente no Top 10 da Netflix, o mexicano “A Marca do Demônio” é um desrespeito de mau gosto aos filmes de terror B


Devido ao seu grande prestígio, H.P. Lovecraft é sempre citado em várias obras, além de ser reverenciado em muitas delas. A fim de ganhar alguma atenção, “A Marca do Demônio”, novo filme mexicano da Netflix usa de algumas de suas simbologias como o Necronomicon e o nome de Cthulhu, mas não vai além disso e não vai além do filme básico de possessão e todos os clichês que o seguem.

Na trama, duas irmãs libertam um demônio acidentalmente, e precisam da ajuda de dois padres: um viciado em drogas e outro possuído, que precisa lidar com seus próprios demônios. É inexplicável este filme estar no TOP 10 da Netflix Brasil e talvez seja a quarentena fazendo seus milagres. “A Marca do Demônio” é extremamente amador e seria até uma ofensa dizer que parece um filme feito para a TV ou até para a internet.

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A produção de Diego Cohen (que não tem tantas obras memoráveis no currículo) mais parece o produto de um aluno no 1º semestre de um curso de audiovisual, sem ter nenhuma aula sequer. Tirando o início promissor e visualmente bacana (graças as belíssimas imagens de um drone), o filme não tem muito a oferecer. O roteiro é confuso e as histórias se entrelaçam da maneira mais sem sentido possível.

As atuações são péssimas, e a forma como o filme é dirigido e montado remete demais as novelas mexicanas menos famosas da Televisa (exibidas no SBT). O padre Tomás de Eduardo Noriega até se esforça, mas suas interações com o padre Karl (Eivaut Rischen) não rendem, pois o segundo é fraquíssimo. Na mesma linha as irmãs Camila (Arantza Ruiz) e Fernanda (Nicolasa Ortíz) são as caricaturas da mocinha assustada que não sabe o que fazer perante a situação.

A Marca do Demônio é um filme de terror "C" 3

O excesso de sangue e cenas jocosas poderia classificar “A Marca do Demônio” como um filme de terror B, mas nem isso. O filme se leva a sério demais, e desrespeita os filmes de baixo orçamento que usam da criatividade para disfarçar suas falhas. Aqui, a vergonha alheia é o grande destaque seguida da obviedade com que os acontecimentos ocorrem.

Se você pensou em camas e pessoas flutuando, vozes distorcidas e uma trilha sonora que não pára de tocar um minuto sequer, está correto. “A Marca do Demônio” ainda tem uma cena pós-créditos previsível, se tornando um dos piores filmes do ano.


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