A Cor Púrpura – O Musical, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, iniciou sua temporada em setembro de 2019, fazendo um imenso sucesso de público e crítica, recebendo mais de 100 prêmios. O espetáculo tem direção de Tadeu Aguiar e versão brasileira de Artur Xexéo.
Após temporadas de sucesso no Rio de Janeiro, em São Paulo, Salvador e por diversas cidades do Sudeste e Sul do Brasil, o musical iniciou sua turnê 2023 em março pelo Nordeste (retornando a Salvador e passando por Recife, Fortaleza) para, em seguida, voltar ao Rio de Janeiro, trazendo à cena a produção que consagrou o espetáculo: 17 atores, 90 figurinos, um palco giratório de 6 metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário.
Qual a história de A Cor Púrpura?
Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos Prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, A Cor Púrpura é um musical baseado em uma história passada na primeira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região.
Com um elenco em sua maioria escolhido por meio de testes, o musical apresenta a trajetória e luta de Celie (Amanda Vicente) contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Caio Giovani), lavar, passar e trabalhar sem remuneração.
Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Lola Borges) e passa a morar com o marido Mister (Wladimir Pinheiro). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Érika Afonso) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças, novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.
Completam o elenco: Majú Tabajiba (Squeak); Tati Christine (Jarene); Hannah Lima (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); André Sigom (Grady – Soldado – Ensemble); Leandro Vieira (Chefe da Tribo Olinka Ensemble); Renato Caetano (Bobby- Ensemble); Thór Junior (Pastor Ensemble); Rodrigo Fernando (Ensemble); Nadjane Pierre (Solista da Igreja Ensemble).
Sobre o espetáculo…
Alice Walker foi a primeira escritora negra a ganhar o Pulitzer pelo seu livro A Cor Púrpura, que continua contemporâneo ao retratar relações humanas, de amor, poder, ódio, em um mundo pontuado por estruturais diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero. O livro A Cor Púrpura foi lançado em 1982.
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Com direção de Steven Spielberg, a obra foi adaptada para o cinema em 1985, recebendo 11 indicações ao Oscar.
“Quando estava em pré-produção de Love Story, o musical, um amigo me ligou e perguntou se tinha personagem para ator negro. Ator é ator, negro, branco, japonês, gordo… encenei a peça somente com atores negros.
Comprei os direitos de A Cor Púrpura – O Musical em 2018, quando procurava mais uma vez, algo que me provocasse como artista. Para mim, como cidadão, o espetáculo é uma grande oportunidade, acho importante falar sobre uma mulher que vence; sobre amor; representatividade negra e feminina. A peça tem muito humor e é emotiva. É um texto de emoção”, detalha Tadeu Aguiar, que recentemente dirigiu “O Incidente – American Son”, que também esteve em cena na Broadway e que levanta uma discussão sobre racismo estrutural; e, “Quando eu for mãe quero amar desse jeito”, texto original brasileiro, que, sob o viés de um amor exacerbado, aborda seus desdobramentos nas relações familiares, protagonizado por Vera Fischer.
Onde e quando assistir A Cor Púrpura?
Temporada: De 02 a 18 de junho
Sextas às 21h
Sábados às 16h e às 20h
Domingos às 16h e às 20h
Sextas
plateia premium: R$ 170,00
plateia: R$ 140,00
plateia alta e balcão: R$ 75,00
Sábados e Domingos
plateia premium: R$ 200,00
plateia: R$ 180,00
plateia alta e balcão: R$ 75,00
Classificação etária: 12 anos
Duração do espetáculo: 165 minutos