Com uma trama e personagens simplórios, “Super Mario Bros: O Filme” se apoia no visual e nas referências
É muito difícil achar uma pessoa que não tenha jogado Mario Bros na vida, e é ainda mais difícil entender porque uma adaptação do encanador italiano tenha chegado tão tarde aos cinemas. As mãos de ferro da Nintendo ou o fiasco do live action de 1993? Não sabemos.
Mas não podemos afirmar que o timing não poderia ter sido melhor. Com o sucesso dos dois filmes do ouriço azul Sonic, Super Mario Bros: O Filme parece ter chegado na hora certa, unindo o sentimento de nostalgia que afeta o público nos últimos anos e a avidez por diversão. Mas, será que funcionou?
Qual a trama de Super Mario Bros: O Filme?
Mario (Chris Pratt/Raphael Rossatto) e Luigi (Charlie Day/Manolo Rey) vão parar no famoso mundo dos cogumelos, governado pela princesa Peach (Anya Taylor-Joy/Carina Eiras), precisando defendê-lo das ameaças do icônico Bowser (Jack Black/Marcio Dondi).
Durante a aventura, Mario irá reviver diversas cenas que o acompanham ao longo das últimas décadas, como dirigir um kart, passar por ambientes desafiadores, além de ter a companhia de outros personagens marcantes, como Toad (Keegan-Michael Key/Eduardo Drummond) e Donkey Kong (Seth Rogen/Pedro Azevedo).
O que achamos do filme?
O filme de Michael Jelenic e Aaron Horvath (Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas), começa com uma bela introdução do vilão Bowser, que viria a ser o personagem com mais personalidade do longa, o que corrobora com a primeira crítica a produção: a falta de profundidade de seus personagens.
Mesmo divertido e com um visual colorido, expansivo e exuberante, mérito dos mundos criados pela Nintendo em parceria com o estúdio Illumination, todos os personagens de Super Mario Bros: O Filme são rasos e não tem conflitos dignos de atenção. Tudo é resolvido rapidamente, na mesma intensidade em que o problema se apresenta.
As referências aos jogos e suas fases, além da metalinguagem ao falar de outros games da empresa japonesa, tornam a produção uma mistura inusitada entre A Origem, Uma Aventura Lego e Alice no País das Maravilhas (guardadas as suas devidas proporções, claro).
Outro ponto a favor está no humor do filme, ora infantil, ora com foco nos adultos com piadas sobre existencialismo, subvertendo algumas expectativas sobre vilões e mocinhos, que sempre agem com o coração, por pura impulsividade.
Com o fan service ligado no máximo, Super Mario Bros: O Filme diverte pela facilidade de sua narrativa, mesmo que não tenha tantas camadas assim.
Ps: O filme tem 2 cenas pós-créditos.
Nota: 7