Um Homem Chamado Ove – Crítica

um homem chamado ove

Indicado ao Oscar 2017, Um Homem Chamado Ove é uma comédia dramática cheia de reflexões sobre a vida, as amizades e a morte!

Indicado ao Oscar 2017 como melhor filme estrangeiro pela Suécia e – merecidamente – na categoria de melhor maquiagem, Um Homem Chamado Ove é a clássica história do tiozinho rabugento, que tem um motivo para ser assim, chato do jeito que é, e que no decorrer do filme acaba ganhando sua atenção e seu apreço quando você passa a entendê-lo, pelo menos um pouco. A diferença é que a produção tem uma bela direção de arte, ao nos levar de volta a Suécia dos anos 60, além da já citada maquiagem que de fato envelhece os personagens.

Sobre Um Homem Chamado Ove

Ove (Filip Berg  na juventude, e Rolf Lassgård na velhice) perdeu a mulher há 6 meses e ficou ainda mais rabugento. Quando perde o emprego, ele não vê mais motivo para viver e decide se encontrar com a esposa antes da hora, rendendo sucessivas e variadas tentativas de suicídio, sempre impedidas por algo ou alguém. Apesar da seriedade da situação, as cenas acabam ganhando um tom cômico e fazendo com que Um Homem Chamado Ove seja uma espécie de dramédia, a exemplo do também indicado Toni Erdmann.

A diferença da produção está em seu apuro técnico. É muito rico ver a infância, juventude e velhice de Ove e sentir o tempo passando, a fotografia acinzentada e ofuscante que envolve o protagonista e tudo que ele passou. Além disso, cada atitude no presente é justificada por um flashback, utilizado aqui como um recurso poderoso e eficiente.

Um Homem Chamado Ove - Crítica 3

Fora o protagonista, os coadjuvantes – em especial Bahar Pars e Ida Engvoll – também dão um show. As caras que fazem a cada atitude absurda de Ove, como no momento de interação com as crianças ou quando o mesmo sofre um infarto, são super engraçadas e ao mesmo tempo preocupantes. É natural questionar se eles estão brincando ou falando sério.

O tom nonsense da produção não percorre as quase duas horas do filme, que falha ao cair no melodrama para logo se recompor através da bela relação de Ove com a vizinha. O simples gesto de segurar uma criança acaba sendo necessário para um personagem com idade avançada que ainda tem muito a evoluir como ser humano.


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